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JOAO PEDRO SEGATO

PM vai promover capacitação para motociclistas que trabalham com delivery

Objetivo é mostrar as leis existentes e levar mais segurança aos profissionais.

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  • 18 de Março de 2022
  • Foto: Portal Educadora

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Representantes de diversas entidades participaram, na tarde de quinta-feira, 17, de reunião sobre as regulamentações para os serviços de motoboy. O evento aconteceu no auditório da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL) e foi pensado numa parceria entre a entidade, Conselho Comunitário de Segurança (Conseg-DV), Polícia Militar e Departamento de Trânsito de Dois Vizinhos (Deptran-DV). Na ocasião, se discutiu a legislação vigente, as reclamações recorrentes quanto a infrações cometidas por alguns condutores e ações futuras que serão realizadas para capacitar os profissionais do ramo.

O capitão Mário Emílio Nicolau, comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar, destacou que, num primeiro momento, as ações serão educativas. “Vamos fazer uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU) juntamente com o pessoal da vigilância sanitária e também vamos tentar capacitar os motociclistas trazendo policiais de fora para mostrar os riscos que envolvem a utilização da motocicleta sem responsabilidade. Depois, teremos ações mais intensas de fiscalização. A ideia da polícia não é proibir ou coibir algum tipo de ação, mas, principalmente, percebemos que, além das situações envolvendo o trânsito, acabamos tendo prejuízo ao erário público no quesito da aplicação, seja do Samu ou Siate, e posteriormente com os desdobramentos relativos a acidentes ocasionados devido a má utilização das motocicletas”, explicou.

Ele trouxe exemplos práticos de como alguns motociclistas infringem as leis. “Estou à frente da 2ª Companhia há aproximadamente dois anos e, nesse período, as ocorrências que trouxeram maior risco para a integridade do policial militar e, em consequência de todos os usuários das vias públicas, foram acompanhamentos envolvendo motocicletas com pendências. Há uns 45 dias, uma CG foi abordada porque gerou suspeição por avançar um sinal vermelho. A viatura foi atrás, teve uma série de sinais que não foram obedecidos pelo motociclista e, passados cerca de quatro quilômetros, a equipe abordou a moto e constatou que o condutor não era habilitado e a motocicleta, com valor de R$ 5 mil no mercado, possuía mais de R$ 10 mil em débitos. Essa ação acabou expondo, além da vida do motociclista, a vida de todos os policiais que estavam na viatura e os usuários da via pública. Diante disso, nossa principal intensão é chamar todos os motociclistas, entregadores, delivery, empresários do ramo e as pessoas de bem da nossa sociedade para que eles tenham noção do perigo que é usar a via de trânsito, independente se há ou não um débito para o Estado, o simples fato de fugir de abordagem potencializa o risco de acidente e isso que queremos preservar”, completou.

William Benini, presidente do Conseg-DV, destacou o aumento de pessoas trabalhando com delivery observado durante a pandemia de coronavírus. “Temos um número maior de motoboys fazendo entrega de delivery e isso trouxe algumas consequências com uma maior movimentação durante todo o dia e, principalmente, à noite. A cidade vai crescendo e os problemas surgem e temos que debater para buscar soluções. Debatemos a questão de segurança dos motoboys através dos empresários do ramo de lanchonetes e restaurantes para que todos venham adotar medidas para que essas motocicletas estejam regulares. Isso já vem acontecendo em vários municípios, alguns alteraram até a legislação municipal e a reunião foi bastante produtiva nesse sentido para termos passos bem definidos para o futuro.”

O diretor do Deptran-DV, Pedro Colaço, destacou que a intenção é sempre educar e não multar. “Queremos o melhor para o povo. Queremos que os nossos condutores cumpram as normas de trânsito. Não estamos fazendo nenhum favor, é obrigação. Haverá essa capacitação para que os profissionais que trabalham nesse serviço tão importante de delivery tenham os pré-requisitos necessários para essa ocupação. Não queremos ficar multando. Priorizamos a educação e orientação”, diz.

Por fim, Rogério Sidral, presidente da Acedv/CDL, destacou que ações como essa são importantes para os sócios da entidade. “Nossa obrigação era trazer os empresários do ramo gastronômico, ligado a deliverys para conversar. Num segundo momento, vamos capacitar esses profissionais pois a lei já existe, então, será passada a exigência da lei para regularizar esses serviços. Posteriormente, em cerca de 60 dias, será feita a fiscalização. A reunião foi muito produtiva e agora vamos traçar as diretrizes enquanto a datas para a capacitação. Temos muitos problemas para resolver, esse é um problema intensificado pela pandemia, mas vamos buscar tomar as decisões corretas para resolvê-los”, conclui.

Fonte: Portal Educadora