O ex-atacante Dagoberto participou das programações da Rádio Educadora e Vizi FM no último sábado, 19. Desde pequeno, o jovem, que é natural de Dois Vizinhos (sua família residia no interior de Enéas Marques), se destacou em campeonatos regionais. O bom desempenho o levou para o PSTC, de Londrina. De lá, a carreira deslanchou e ele foi para o Athletico, São Paulo, Inter, Cruzeiro, Vasco, Vitória, San Francisco Deltas (EUA) e Londrina. “Eu saio do PSTC, de Londrina. Antes eu jogava aqui na região e tinha muita esperança de me tornar um jogador de futebol. Dando um passo de cada vez, cheguei no Athletico e trato isso como a realização de um sonho, que se concretizou no São Paulo. Ali me tornei conhecido no Brasil, joguei Libertadores, enfim, tivemos vários títulos. Saio para o Inter num ano bom, onde eu tive algumas infelicidades que não me deixaram ficar mais tempo lá. Vou para Cruzeiro no ano seguinte e ganhamos dois títulos nacionais seguidos. Eu sempre digo que você ganhar um título fora do eixo Rio-São Paulo é muito difícil. É difícil pra Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG e nós conseguimos dois anos seguidos, com um time excelente. Aí veio o Vasco, Vitória, experiências dificílimas, com muito aprendizado, fui para os Estados Unidos, para a família foi muito bom. Aí voltei para o Londrina, jogamos uma Série B fantástica, quase subimos para a Série A e chegou um tempo que parei para pensar, mudei meu ponto de vista e decidi fazer outras coisas da vida. Então, hoje eu curto bastante meus filhos, os negócios, enfim, a história e o legado estão aí e eu sou muito grato a isso”, avaliou.

Atualmente, o ex-atleta reside em Curitiba e tem vários negócios no ramo de alimentação. “Eu tenho que ser grato por tudo o que aconteceu, foi uma história linda, uma carreira brilhante, eu louvo a Deus por isso e o que fica foi a história, os títulos, fui felizardo em conquistar nos grandes clubes que passei. Hoje, tenho que aproveitar com a família, tenho projetos fora do futebol, trabalho na área da gastronomia em Curitiba e, vira e mexe, estou aqui na região dar um cheiro e conversar com a galera. Está bem interessante essa nova fase, eu gosto muito, minha esposa também e é isso que importa”, completa.

Vitorioso na carreira, ele lembra também que muito da sua trajetória foi composta por frustrações. “O sucesso é mínima coisa na nossa vida. Se pegar, temos 70%, 80% de perdas, desilusões e frustrações. É fácil olhar pra mim hoje e falar que eu ganhei cinco títulos brasileiros, mas quantos jogos decisivos eu perdi? Quantos jogos eu fui mal? Eu acho que o deserto, a dificuldade, engrandece o profissional. Eu aprendi muito, evoluí nas derrotas, as decepções fazem parte da vida e nos fazem mais forte.”

Futevôlei

Dagoberto está se dedicando ao futevôlei. “Na sexta estávamos em Cruzeiro do Iguaçu jogando futevôlei, faço isso sempre que posso. Eu não consigo viver sem esporte, é algo que me move, que me concedeu tudo o que eu tenho hoje. Tenho meu parceiro Gustavo, de Beltrão, que tá jogando muito bem e vamos participar de competições para buscar mais canecos”, relatou.  

O ex-atleta adiantou que, no futuro, o plano é ter projetos na cidade. “Temos projetos para trazer”, conclui.

Fonte: Portal Educadora