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CHURRASQUEANDO

com

JOAO PEDRO SEGATO

Venda de pizza para ajudar no tratamento contra o câncer de Jennifer Serpa

A jovem, em 2019, precisou amputar o fêmur em virtude da doença que voltou em 2021.

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  • 23 de Março de 2022
  • Foto: Assessoria

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A jovem Jennifer Serpa, de Dois Vizinhos, está promovendo uma venda de pizzas para auxiliar no custeio do seu tratamento contra o câncer. A pizza individual tem o valor de R$ 25 e o combo (2 pizzas + refrigerante 2 litros) custa R$ 60. Os sabores são calabresa, bagunçada, lombo, frango, 3 queijos e chocolate. Algumas pessoas da comunidade estão vendendo os bloquinhos que estão disponíveis também na escola cívico-militar Vinícius de Moraes. A entrega das pizzas será no porão da Igreja do Bairro Concórdia na quinta, 24, e na sexta-feira, 25 de março. Os pagamentos podem ser feitos no cartão e o telefone de contato (e chave PIX) é o (46) 99911-4754.

A família está tendo algumas dificuldades em virtude da quantidade de tratamentos que a jovem está precisando fazer. “Tenho as fisioterapias para adaptar a prótese, meu pai trabalha por conta com a venda de verduras, é o verdureiro aqui do Concórdia, minha mãe trabalha fora, mas como eu tenho muita dificuldade de me locomover sozinha, meu pai precisa sempre me levar em consultas, exames e isso de certa forma dificulta o trabalho dele. Agora também faz alguns meses que estamos sem salada, o clima não está colaborando, acabamos ficando sem e as verduras são nossa principal renda. Pensando em tudo isso, estamos fazendo uma venda de pizza para ajudar nas nossas despesas. É uma luta muito grande tudo isso. Eu estou muito bem, mas não posso parar com os tratamentos. Quando comecei a fazer as quimioterapias, eu, infelizmente, tive que parar com tudo e acabei regredindo com a prótese. Agora, estamos voltando, temos as viagens para Itajaí (SC), meus exames de rotina do pulmão que precisam ser feitos em Cascavel e isso gera muitos custos, além de estarmos sem a nossa principal renda”, explicou.

Ela pediu apoio da sociedade. “Quero agradecer, primeiramente, a Deus por ter força de enfrentar tudo isso. Quero agradecer a quem nos ajuda, quem nos ajudou, seja com mensagens de carinho, orações e energias positivas. Se você não tem como comprar, ajuda vendendo, divulgando, toda a ajuda é bem-vinda. Quero aproveitar para pedir orações, quem puder me incluir nas orações para essa nova etapa que estou começando, com essa nova medicação, para que o tratamento dê certo e eu fique curada de vez.”

História

Em 2019, depois de muitas dores no joelho, a jovem constatou um tumor no fêmur e precisou amputar a perna esquerda. “Minha luta contra o câncer começou em dezembro de 2019 quando eu fui diagnosticada com osteosarcoma, um câncer maligno no fêmur da minha perna esquerda. Infelizmente, quando descobrimos, a doença já estava avançada, não tínhamos muita opção de tratamento e precisamos amputar o membro. Não tínhamos tempo para perder, foi tudo muito rápido, graças a Deus, eu descobri, era concreto, no dia 13 de dezembro de 2019 e amputei no dia 18 de dezembro. Depois da cirurgia ficou tudo bem, deu tudo certo, botei prótese e tudo mais. Depois de quase um ano acompanhando, recebi outro diagnóstico do mesmo tipo de câncer, mas agora uma metástase no pulmão. Nesse meio tempo, eu fiz sete sessões de quimioterapia, fui desenganada pelas médicas que me atendiam, fui para São Paulo para ter uma segunda opinião, fiquei sem médica por optar por um outro tratamento, mas no final, graças a Deus, deu tudo certo”, disse.

Jennifer segue tratando da doença. “Estou usando uma medicação que vem dos Estados Unidos. A doença havia estabilizado por um tempo, os médicos diziam que ela dormiu e, em outubro de 2021, infelizmente, pegamos Covid-19 e depois disso ela teve aumentos significativos e precisamos optar por essa medicação. Como ela é muito cara, entramos na justiça para conseguir. Nesse tempo, dei início a outros tratamentos alternativos e, por isso, a cada 20 dias, vamos para Itajaí (SC)”, relatou.

Paralelamente, ela segue tendo custos para se adaptar com a prótese na perna esquerda. “O meu coto é muito curto e, desde quando eu fiz a cirurgia da amputação, alguns médicos ortopedistas conversaram sobre isso, que teríamos essas dificuldades ao usar a prótese. Muita gente comenta, inclusive, sobre a prótese do SUS e, quando, na primeira consulta que fui passar pelo ortopedista para ele fazer o pedido da prótese, ele chamou a gente e disse que o meu coto era muito curto e uma prótese do SUS eu não conseguiria adaptar, por isso, ele aconselhou a investir na prótese por eu ser jovem e ter uma vida toda pela frente. Aí fizemos a vaquinha e conseguimos a prótese”, lembrou.

Fonte: Portal Educadora