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CATIANE SOARES

Em um dia, mais 64 confirmações de dengue em Dois Vizinhos

Total de pacientes já infectados com a doença chegou a 283 na última terça-feira, 12.

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  • 13 de Abril de 2022
  • Foto: Assessoria

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A dengue foi o assunto do Programa Sete e Meia desta quarta-feira, 13, na Rádio Educadora de Dois Vizinhos. Para tanto, a chefe da vigilância epidemiológica Grasieli Pedrussi e a diretora do departamento de vigilância sanitária Maria Luiza Winharski estiveram presentes e destacaram que o município confirmou, em 24 horas, 64 casos da doença, com o total chegando a 283 casos. O grande problema é a alta taxa de confirmação entre os notificados. “Temos 118 casos em análise e, no mínimo, 100 desses devem se confirmar porque nossa taxa de confirmações é maior de 80%. Então, tudo indica que daqui uns dias teremos mais 100 casos confirmados pelo andar da carruagem”, estimou Grasieli.

Outra situação que assusta são as epidemias em cidades vizinhas. “Precisamos tomar uma atitude. Em Pato Branco vimos notícias da população invadindo a UPA pelo caos na saúde e isso acontece porque todo mundo precisa de atendimento ao mesmo tempo e o município, a estrutura, por mais que seja boa, entra em situação de caos, calamidade pública, como foi decretado lá. Pode faltar profissionais, insumos como medicações, soros e ter dificuldades em exames já que os laboratórios não conseguem atender a demanda e nós não queremos que chegue nesse ponto porque, se chegar, o município para e não vai fazer mais nada além de gastar com dengue, atender dengue, ter internações por dengue”, lamentou.

Combate depende de todos

Todos os bairros estão tendo confirmações de doentes, entretanto, a situação é mais crítica no Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora Aparecida, Margarida Galvan e Centro. Grasieli acrescentou que a população precisa auxiliar no combate ao mosquito aedes aegypti. “Diferentemente de outras endemias, outras zoonoses, a dengue a gente pode combater, mas tem que ser todo mundo, é um trabalho coletivo e se você não cuida do seu, está prejudicando o outro”, disse.

Maria Luiza Winharski, diretora do departamento de vigilância sanitária, também pediu apoio da sociedade. “Não está fácil para nós. Eu fico triste em ter que vir novamente pedir a colaboração de todos porque é algo que está ao nosso alcance, nós conseguimos amenizar esse problema. É só ter o cuidado. É isso que está faltando para a população. As agentes trabalham o ano todo fazendo prevenção, passando as orientações e todo mundo já está careca de saber o que fazer para prevenir a dengue que é eliminar o foco do mosquito. Trabalhamos incansavelmente. O tempo não tem ajudado nos arrastões, mas vamos continuar percorrendo a cidade toda”, completou.

A ação de fumacê também está prejudicada pelas chuvas “O fumacê, a partir de um notificado, a epidemiologia passa a ficha para o pessoal das endemias e eles vão fazer o bloqueio e passar o fumacê. Só que também dependemos do tempo: não pode estar chovendo ou ter vento por causa das partículas do veneno. Por isso seguimos as regras. Também existe a questão do horário, pois existem estudos que a fêmea do mosquito sai para se alimentar ao amanhecer e no final da tarde, por isso, o fumacê acontece também nesses horários”, conclui.

Dengue 1 e 2

Dois Vizinhos está tendo a circulação dos mesmo dois vírus que geraram uma epidemia em 2015. “Estão circulando tipo 1 e 2 e o que não podemos pensar, de jeito nenhum, é em ter o 3 e o 4. Nisso, quem pegou o 1 naquela vez está suscetível ao 2 e vice-versa. Isso, de certa, explica um pouco o número mais baixo de casos com relação aos outros municípios porque tivemos a epidemia em 2015 e temos percentual de pessoas já imunizadas. Eu lembro que foi perto de 2 mil casos naquela ocasião e sabemos que tem muitas subnotificações. Esses pacientes que estão imunes: quem pegou o 1 não pega mias e quem pegou o 2 não pega mais. A gente crê nessa possibilidade, é o que conversamos com os coordenadores na regional porque a explicação que deve estar nisso”, conclui.

Fonte: Portal Educadora