Evento foi promovido pela Secretaria de Ação Social em parceria com o Conselho Tutelar.
Foto: Portal Educadora
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Durante toda a quinta-feira, 12, na Sociedade Rural Vale do Iguaçu, foi realizado um dia de trabalho sobre ‘Formação de Rede de Proteção – Fundamentos e atribuições do Conselho Tutelar’. O palestrante foi Luciano Betiate que é autor de vasta biografia. O evento foi organizado pela secretaria de assistência social em parceria com o conselho tutelar de Dois Vizinhos e reuniu representantes de municípios vizinhos como Cruzeiro do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, São Jorge D’Oeste, Verê, entre outros. A secretária de assistência social, Cátia Bonin, elogiou a formação. “Fiquei surpreendida com sua palestra, foi além do esperado. Queremos, a partir de agora, ter uma parceira ainda maior com a Polícia Militar. Hoje conversamos com o Kaiser e a Vânia que nos deram um leque de ações para pensarmos nos desafios e trabalharmos na prevenção dos problemas com as crianças e adolescentes para termos uma rede de proteção ainda melhor. Temos que juntar saúde, educação municipal e estadual, polícia militar e civil, assistência social e os munícipes todas as crianças tem a ganhar. Para os participantes de outras cidades, levem o recado para as equipes para usarmos esse conhecimento e decidir o que é melhor para as nossas crianças”, disse.
O palestrante falou sobre o trabalho realizado. “Primeiro temos que parabenizar a cidade de Dois Vizinhos que se mobilizou e, junto com outros municípios, trouxe esse momento de qualificação, de formação, não só para os conselheiros tutelares das cidades, mas para toda a rede de atendimento. Sabemos que, para que essa rede atenda bem a população, é preciso de formação, então, a administração municipal está de parabéns por proporcionar um dia, oito horas aula, de formação para o trabalho. Basicamente, falamos das funções que o conselho tutelar tem em relação a infância e juventude no trabalho em rede, desmistificando algumas questões como, por exemplo, essa ideia que as pessoas tem de que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tirou a autoridade dos pais sobre os filhos, do professor em sala de aula ou do policial na rua”, resumiu.
Ele falou ainda sobre a atuação dos conselheiros. “Destacamos, de forma especial, qual é o método de atendimento do conselho tutelar as crianças e adolescentes. O conselheiro sempre age quando o direito estiver ameaçado ou violado. Quando criamos um método de atendimento, criamos essa forma do tutelar agindo em rede, interrompendo ou impedindo que o direito seja violado”, explica.
Os problemas são encontrados em cidades de todos os portes. “A violação do direito não acontece somente em grandes centros. Por óbvio, nos grandes centros, há mais violações. Mesmo nos municípios menores você encontra criança e adolescentes com direitos ameaçados ou violados. Se a rede está estruturada e o tutelar preparado, ele vai conseguir atuar para interromper o ciclo. Cada município tem seu porte e a obrigação de ter serviços e o que não pode é o cidadão precisar de um serviço e ele não existir, por isso, os municípios vão se adaptar e buscar meios de atender aquela demanda”, conclui.
Fonte: Portal Educadora