O hospital vai receber R$ 600 mil do Governo do Estado e outros R$ 2,5 milhões da Copel.
Foto: Assessoria
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O Instituto de Saúde de Dois Vizinhos (ISDV), que administra o Hospital Pró-Vida, foi um dos contemplados na chamada pública da Copel para projetos de eficiência energética em hospitais públicos e beneficentes do Paraná. Ao todo, a casa de saúde pode receber R$ 2,7 milhões – R$ 2,5 milhões para placas de energia fotovoltaica e outros R$ 200 mil para trocas de equipamentos por novos mais econômicos. A redução média de consumo é estimada em 75%, permitindo a reserva de recursos para investir em serviços voltados para a população.
Além disso, recentemente, o Pró-Vida foi contemplado em outro projeto do Governo do Estado com R$ 600 mil para a instalação de placas fotovoltaicas. “Nós temos dois projetos de energia solar, um pelo Estado, de R$ 570 mil e contrapartida de R$ 30 mil do Hospital. Agora, a Copel liberou recursos para hospitais filantrópicos. Nos enquadramos e temos até R$ 2,7 milhões. Desse total, 10% do valor aprovado será para troca de equipamentos. Temos mais R$ 458 mil para a autoclave e R$ 978 mil do tomógrafo que já estão garantidos e que estamos esperando chegar os equipamentos para enviar o dinheiro. Todos os recursos tem contrapartida”, explicou Amaury Cagnini, diretor-financeiro do Hospital Pró-Vida.
Alzemiro Zopolletto, o Tibira, destacou algumas melhorias elétricas que estão sendo feitas na unidade de saúde. “A parte elétrica contava com um padrão de 200 amperes, num projeto muito antigo. Conversamos, fomos organizando um projeto e hoje vamos fazer uma entrada de energia de 600 amperes, com um transformador só para o Pró-Vida. Nesse um ano e meio que estamos ali, as pessoas não enxergam, eu também não conhecia direito um hospital, mas começamos instalando a máquina de oxigênio, que ocupou 100 amperes. O tomógrafo precisa de 125 amperes para ligar a máquina e estamos colocando, puxando, e graças a esse projeto da Copel que fomos contemplados, em 60 dias, devemos assinar o contrato. Uma parte dos cabos está sendo trocada em ação da prefeitura e do hospital. As placas solares, o projeto, jogar na rede, a Copel que vai pagar para nós. Hoje, gastamos entre R$ 30 e 40 mil de energia. A cobertura vai ser trocada também. Depois vamos colocar as placas em cima. Pode ser que tenhamos que pegar um terreno e fazer uma miniusina”, destacou.
Situação financeira
Maurício Ferraz, diretor do hospital, exaltou a quantidade de recursos recebidos. “Já temos empenhados para o Hospital R$ 1,498 mi do deputado Vermelho (PL) que vem até o dia 30 de maio, R$ 500 mil da deputada Leandre (PSD) e R$ 223 mil do deputado Rossoni (PSDB). Nós tínhamos um teto, para receber, no ano passado, de R$ 1,6 milhão e, com toda a nossa produtividade, conseguimos subir para R$ 2,3 milhões. Nesse ano se a gente tivesse R$ 5 milhões de teto, a gente conseguiria esse recurso, pois tivemos que devolver dinheiro”, disse.
Os novos equipamentos que foram adquiridos nos últimos anos já estão gerando renda. “No ano passado, fizemos o planejamento em conjunto com a administração, que tem cadeiras no conselho, e buscamos fazer algumas coisas como trazer os exames para dentro do hospital, que eram pagos para clínicas especializadas e, diante disso, fizemos o cadastro na Associação Regional de Saúde do Sudoeste (ARSS), por ser hospital filantrópico, e isso já deu um faturamento de R$ 66 mil que era pago para outras clínicas. O Raio-x deu R$ 10 mil e agora, com a tomografia, vamos deixar de pagar R$ 50 mil por mês e, se bobear, vamos faturar mais uns R$ 30, 40 mil”, celebrou.
O objetivo agora é reduzir as dívidas. “Dessa forma que estamos fazendo hoje, com o prefeito correndo atrás de recursos, queremos, no quarto ano de mandato do prefeito, reduzindo essa dívida de R$ 8 milhões porque estamos buscando recursos. Vamos buscar sanar as dívidas com, principalmente, a parte médica. Procuramos manter a folha de pagamento sempre em dia. Com as emendas que estão entrando, conseguimos ter um fôlego para trabalhar”, destaca Amaury.
Ações judiciais
O instituto tem duas ações judiciais em andamento que podem resolver a situação financeira. “São ações de diferença de imposto, que está hoje em R$ 5 milhões. No ano passado, entramos com outra ação de uma diferença de tabela que temos para receber em R$ 7,5 milhões. Essa segunda vai uns dois anos para julgar, mas essa de R$ 5 milhões está em andamento e, se chegar a entrar, a parte de imposto, que é cerca de R$ 3,5 milhões e está parcelado, vai reduzir um custo de R$ 80 mil por mês que temos”, conclui Maurício.
Fonte: Portal Educadora