Diante do agravamento dos problemas gerais decorrentes das mudanças climáticas, cientistas passaram a classificar este fenômeno como sendo de emergência. Estes eventos causam impactos cada vez mais graves sobre grupos humanos, agricultura, economia e saúde, dentre outros.  De acordo com o relatório mais atual (AR6) do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), as projeções climáticas indicam que a temperatura do ar próximo da superfície do planeta continuará a aumentar nas próximas décadas, aumentando também a frequência de eventos extremos de precipitação, estiagens e ondas de frio e calor.

No Paraná, a instabilidade climática tem intensificado ondas de calor, enchentes, deslizamentos de encostas, vendavais, granizos, com a região Oeste e Sudoeste entrando na rota de tornados nos últimos anos. Esses eventos acarretam severas consequências para população, implicando em pessoas desabrigadas, perda de patrimônio que alcança as atividades urbano-industriais, a agroindústria, o comércio, a agricultura e toda a sociedade paranaense de forma direta ou indireta. Aliado a isso, as alterações nas condições climáticas comprometem a segurança alimentar e hídrica, bem como potencializam problemas de saúde pública.

Para poder enfrentar estes eventos climáticos extremos, professores e pesquisadores das principais universidades do Estado (UFPR, UTFPR, UEPG, Unicentro, Unioeste, UEL, UEM e PUC-PR) trabalharam durante dois meses para formular a proposta do NAPI Emergência Climática. A pesquisa será coordenada pelo professor Dr. Eloy Fassi Casagrande Júnior e a participação do professor Alvaro Boson, da UTFPR de Dois Vizinhos. O plano de trabalho terá três anos de duração e um financiamento superior a R$ 3,2 milhões. O objetivo geral é desenvolver estudos e projetos de tecnologia e inovação visando avaliar o impacto das mudanças climáticas no Paraná, integralizando o inventário da emissão de gases e aerossóis atrelados ao efeito estufa provenientes de atividades urbano-industriais e agropecuárias, bem como a adaptação aos cenários climáticos futuros nos quais os eventos climáticos extremos tendem a se intensificar. Também estão previstas ações de interação e dialogia social, por meio de estratégias de educação ambiental e da comunicação ambiental sobre os riscos socioambientais, de forma a estabelecer um amplo processo inovador de “Letramento Climático” visando a sensibilização, conscientização, motivação e mobilização dos diversos segmentos da população para o enfrentamento da emergência climática no Estado do Paraná.

Fonte: Portal Educadora com Assessoria

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