A definição de quem responde que tipo de questionário acontece através do software.
Foto: Assessoria
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O Censo 2022 vai começar a coletar dados, em todos os domicílios do Brasil, no dia 1º de agosto. Para tanto, os recenseadores terão apoio da tecnologia e a coleta de dados será feita através de smartphones. “O supervisor tem um tablet e o recenseador tem um smartphone onde está instalado apenas o aplicativo de coleta. O aparelho é bloqueado, somente com o sistema do IBGE e aí nós temos a imagem do perímetro que ele vai percorrer, tem toda a delimitação no mapa, os caminhos. Na zona rural, o sistema já traça as estradas rurais, tudo atualizado no Censo Agropecuário, informatizado. A coleta é feita no aplicativo e já são transmitidos via rede atualizando o sistema. Vamos ter esse acompanhamento em tempo real, sabendo a população que está recenseada em cada município. Isso facilita muito a divulgação e assim quando fechar já vamos saber o tamanho de cada município também”, explica Max Nuni Cesca Batisti, coordenador de área do IBGE de Francisco Beltrão.
Todos os domicílios serão visitados. “Teremos a visita a todos os domicílios do país e a gente tem, em cada município, dependendo do seu tamanho, uma amostragem. Temos dois questionários, um que é o básico, bastante rápido, que pede algumas características da residência e dos moradores, a alfabetização e rendimento, já o questionário da amostra é mais detalhado, desenhado para ser válido para os municípios. O que temos de informação em nível municipal detalhada das condições de vida é justamente desse questionário do censo. Dependendo do tamanho do município, a amostra varia. No caso de Dois Vizinhos, temos uma amostragem de 10%, ou seja, de cada 10 domicílios que vão responder a pesquisa, um responde o mais completo e os outros nove o simplificado. Essa amostragem fica de maneira aleatória pelo software do IBGE porque tem que ser válida estatisticamente, então não pode ser viciada, determinar que domicílio responder o questionário mais completo ou mais simples.
Desde 2010 a contagem populacional não é realizada. “São 12 anos sem essa pesquisa e informação em nível municipal é só o Censo que dá. Fazemos outras pesquisas para acompanhar as condições de vida da população, características de trabalho, escolaridade, acesso aos serviços públicos, mas eles não têm a validade estatísticas pelos municípios, exceto algumas regiões metropolitanas. Todo o planejamento, público e privado, precisa de dados, informações e a mais precisa, que visita todos os domicílios, atualizada, é o IBGE que nos dá através do Censo Demográfico. A gente sabe que a sociedade tem essa ansiedade por esses dados, dada a desatualização, e, felizmente, em breve, vamos ter esses dados que vão retratar bem as características de cada município. Isso também baliza todo o repasse de verbas de Fundo de Participação dos Municípios (FPM), recursos per capta que são serviços do município são por base na população levantada pelo IBGE. A gente divulga, anualmente, uma população e entre o último censo de 2010 e esse agora é somente estimativa que leva em consideração o histórico do crescimento. Sabemos que podemos ter mudanças nas dinâmicas locais e que o crescimento seja mais acelerado, mas, infelizmente, conseguimos captar isso somente no censo e estamos com dados bastante desatualizados”, completa.
A divulgação da população deve acontecer até o final do ano. “Durante o levantamento, nós ainda estamos fazendo os ajustes, supervisão, uma série de procedimentos para garantir a qualidade da informação. Existe um cuidado para divulgarmos tudo apenas no final”, conclui.
Fonte: Portal Educadora