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Em nove dias, cinco pioneiros de Cruzeiro do Iguaçu faleceram

Selvino Macagnan, Rosa Lorenzi, Verginia de Andrade, Natália Filakoski e Laurindo Bertoldo faleceram nos últimos dias.

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  • 01 de Junho de 2022
  • Foto: Assessoria

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Em nove dias, a comunidade de Cruzeiro do Iguaçu se despediu de cinco pioneiros. Era 22 de maio quando faleceu Selvino Macagnan, aos 83 anos. Ele era muito ligado as ações da igreja católica, foi ministro de eucaristia e deixou oito filhos, oito netos, três bisnetos, esposa, familiares e amigos. Em seguida, no dia 23 de maio, faleceu a pioneira Rosa Lorenzi, 82 anos, que deixou cinco filhos, nove netos, dois bisnetos, familiares e amigos. No dia 24 de maio, faleceu Verginia de Andrade, com 87 anos, que residia no município há mais de 40 anos. Ela é bisavó do vereador Antenor Belletini e avó do diretor de urbanismo Matheus Belletini. Natália Filakoski, de 94 anos, faleceu no dia 31 de maio. Ela deixou oito filhos, 18 netos, oito bisnetos, familiares e amigos. No mesmo dia, Laurindo Bertoldo, 83 anos, também faleceu. Ele deixa esposa, oito filhos, 28 netos, 23 bisnetos, familiares e amigos. A missa de corpo presente será realizada nesta quarta-feira, 1º de junho, às 15h30, seguida de sepultamento no Cemitério Municipal de Cruzeiro do Iguaçu. A prefeitura de Cruzeiro do Iguaçu, através do prefeito Leonir Gelhen, emitiu nota de pesar pelos cinco falecimentos.

Laurindo Bertoldo foi pioneiro em Pato Branco e Cruzeiro do Iguaçu

Laurindo Bertoldo nasceu no dia 16 de novembro de 1938, em Lagoa Vermelha (RS). Em 1942, a família se mudou para Pato Branco, onde ele pode acompanhar o nascimento da cidade. Já em 1972, veio nova mudança: para Cruzeiro do Iguaçu.

Ali, já casado com Lurdes Zanco Bertoldo, desde 1960, e com seus oito filhos (Leocir, Ivo, Bernadete, Sergio (in memoria), Fátima, Carme, Cleonice e Clarinda), ele iniciou nova fase da sua vida. No começo, a sociedade com os irmãos Leonildo, Nelson e Gentil era para comercialização de cereais. Depois, a família se dedicou à madeireira e pecuária. “A gente veio trabalhar com compra e venda de cereais, não deu certo. Aí mudamos para serraria. No dia em que o vendaval derrubou a Igreja, em 1973, foi a inauguração da serraria. De lá, vimos o vento desmontar a Igreja. Ficou só o sacrário de pé. Era um dia de tempo bom, veio uma ventania e arrancou tudo”, lembrou Laurindo, em entrevista ao Jornal de Beltrão em 2021.

Ele lembrou o começo da história da família em Cruzeiro do Iguaçu. “Veio o Atílio, que era o mais velho e trabalhava com a lavoura. Aí veio o Leonildo, o Nelson e o Gentil. Eles colocaram na cabeça para vir, conversaram e vieram todos para cá. Eu fiquei por último para cuidar do resto de morada que tinha em Pato Branco. Aqui, a serraria funcionou bem. Depois começamos a comprar uns terreninhos e fomos para a pecuária. Começamos a trabalhar com moinho, compramos mais terra. Não é como hoje que se trata o gado com silagem, era só pastagem. Chegamos a ter 140, 150 cabeça de gado”, completou.

Emancipação
Laurindo foi peça importante para a construção da nova Igreja no município e também foi zelador do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, por 17 anos. Muito amigo do monsenhor Eduardo Rodrigues Machado, ele também participou do plebiscito de emancipação do município. “O monsenhor puxou tudo, reuniu os companheiros e foi acontecendo. O pouco que eu podia fazer, ajudava. Fui zelador do santuário por 17 anos, ajudei a construir lá. O monsenhor batalhou bastante, ganhou o terreno da Camdul e construíram o santuário. Eu sempre tava envolvido. Analfabeto, mas tocava de enfrentar. Eu ia buscar as ofertas no interior. Pegava a camionete e ia visitar o pessoal. O monsenhor tinha jeito pra isso, ele era muito bom. Na construção da igreja, participei da diretoria também. Agora, por último, minha neta foi engenheira e arquiteta da ampliação da Igreja, a Elizeli Bertoldo Dal Cielo. Já tivemos outros netos também no conselho, os filhos fizeram parte também. Todos os filhos passaram pelo conselho”, conclui.

Fonte: Portal Educadora com Jornal de Beltrão