Secretaria de Saúde ressalta que Hospital Pró-Vida não utilizava oxigênio da empresa investigada.
Foto: Assessoria
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Durante participação no Programa Sete e Meia desta sexta-feira, 10, o diretor do departamento de saúde, Rafael Dutra, falou sobre a Operação Rarefeito, que foi realizada pelo Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil, da Polícia Científica e do Gaeco de Santa Catarina na última quarta-feira, 8. Na ocasião, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, além de ordens judiciais de proibição de exercício de atividade econômica e indisponibilidade de bens.
Os mandados foram cumpridos em 19 municípios do Sudoeste paranaense, incluindo Dois Vizinhos, e um do Oeste catarinense.
O município adquiria, via licitação, cilindros de oxigênio da empresa investigada. “A gente foi pego de surpresa pelo Gaeco que estava fazendo essa investigação sobre essa empresa que atende Dois Vizinhos há mais de oito anos. Eles vêm ganhando diversas licitações, com preços razoáveis, justos de mercado, e a investigação começou porque a empresa não pode envazar o oxigênio. O que acontecia? Essa empresa envazava, lacrava e entregava para o município”, disse Rafael.
Cinco cilindros que estavam no município foram apreendidos e serão periciados. “Talvez alguns cilindros estavam vindo com quantidades menores e uma perícia vai fazer um estudo para ver se esse oxigênio estava apto para uso ou não. Essa operação foi realizada em 20 municípios. Aqui tivemos o acompanhamento da Gaeco por ser uma das principais cidades do Sudoeste. Isso é tudo preventivo. Existe a investigação e aguardamos os resultados. Queria salientar que o oxigênio utilizado no Pró-Vida não é da mesma empresa, o hospital conta com usina própria. Os 20 municípios citados são vítimas e nesse momento, juntamente com o prefeito Carlinhos, vamos tomar todas as medidas cabíveis, dentro da lei, perante a empresa porque o município não pode concordar com essa situação. Creio eu que o contrato seja cancelado, estamos fazendo toda a parte documental junto com o jurídico e vamos abrir nova licitação nos próximos dias”, conclui.
Fonte: Portal Educadora