A campanha de atualização dos rebanhos do Paraná 2022 está entrando na reta final. Até o dia 30 de junho, todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie precisam atualizar os cadastros. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. É necessária a atualização dos bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda.

Os produtores podem fazer a atualização online pelo site da Adapar e também presencialmente em uma das unidades locais do órgão, além de sindicatos rurais ou escritório de atendimento de seu município (prefeituras). A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.

De acordo com Alexandre Bianchini, chefe do escritório regional da Seab, nos sete municípios da microrregião, cerca de 2,6 mil produtores ainda não fizeram a atualização. “Temos, nos nossos sete municípios, mais de 170 mil cabeças e cerca de 5 mil cadastros. Então, todos os produtores cadastrados que tenham algum tipo de animal, devem atualizar. É uma obrigatoriedade. Isso é muito importante para que os órgãos consigam ter um mapeamento de onde está o rebanho e qual a quantidade para uma questão de emergência. Estamos sem a aftosa aqui e sem a vacinação, por isso, somos suscetíveis a um novo foco da doença porque temos países vizinhos, de fronteira, que não fazem um controle adequado, então, tem a possibilidade de entrar um animal irregular, apesar de fazermos vistorias, termos postos de fiscalização nas rodovias e tudo mais. Essa é uma doença importante que pode afetar todo o comércio de carnes e, até agora, faltam 2.670 produtores atualizar o cadastro, ou seja, menos de 50% dos produtores já nos procuraram”, disse.

Ele ressaltou que o objetivo não é multar. “Se não fizer a atualização, o produtor está impedido de fazer a guia de trânsito animal, está impedido de transitar com o seu animal e sujeito a multa. O objetivo nosso não é multar, mas precisamos que o produtor venha, faça a declaração e a gente mantenha esse status que melhora a nossa agricultura e a pecuária”, completa.

Benefícios

Alexandre exaltou o fato de o Estado ser área livre de aftosa sem vacinação. “Nós viemos numa luta de 50 anos vacinando os animais e, de um período para cá, não tivemos mais focos da aftosa e, num trabalho conjunto da Adapar, Seab, produtores, sindicatos, enfim, o Paraná conseguiu o certificado de área livre de aftosa sem vacinação. Já comemoramos o primeiro ano desse feito muito grandioso e que abriu muitas portas para o comércio não só do boi, mas para tudo que é de origem animal. Essa é a segunda campanha de atualização do rebanho, não temos mais a vacinação que era em maio e novembro e o produtor não precisa mais gastar nada, eram gastos cerca de R$ 30 milhões em vacinação, fora o trabalho de fechar o gado, vacinar, enfim, todo esse cuidado. Hoje é só atualizar os números, pedimos encarecidamente que o produtor venha até o escritório da Adapar, pode fazer também no sindicato ou on-line no site da Adapar”, conclui.

Fonte: Portal Educadora