William Valendolf sofre com a doença desde que tem quatro anos.
Foto: Arquivo Pessoal
1768
Aos quatro anos de idade, William Valendolf acordou reclamando de dor de cabeça, febre e vômito. Levado ao pronto socorro, o quadro inicialmente foi tratado como uma virose, mas a situação só piorou ao longo do dia. A família, então, buscou uma nova avaliação que levantou a suspeita de meningite. A criança já não falava, não andava e tinha convulsões. Com a confirmação da doença, a medicação correta foi aplicada, mas o pequeno demorou quase cinco dias para reagir. Foram três semanas entre a UTI e enfermaria, mas nenhuma sequela.
A mãe, Silvane Oliveira, conta que demorou cerca de seis meses para a recuperação e que o menino voltou a andar, correr, brincar e ir à escola normalmente. “Veio o resultado do Lacen que identificou que ele tinha tido meningite meningocócica, a mais feroz de todas, mas meu filho se recuperou totalmente, sem sequelas”, relembra. Quando a doença parecia ter sido uma página virada na vida da família, William voltou a apresentar os mesmos sintomas, cerca de um ano depois, e exames confirmaram a infecção, desta vez do tipo pneumococo. A ação rápida evitou que ele tivesse que ir para a UTI e, após sete dias de medicação, pôde voltar pra casa.
Em outras três ocasiões William voltou a ter diagnóstico positivo para meningite e precisou ser submetido ao mesmo processo de medicação e tratamento. A família resolveu se aprofundar no caso e levou o jovem para acompanhamento com uma infectologista de Curitiba, que descobriu uma falha no crânio, que pode ser provocada por acidentes ou má formação da “moleira”. Há três anos foi feita a cirurgia de correção no Hospital da Cruz Vermelha, na capital.
No fim de maio, no entanto, William voltou a apresentar sintomas de meningite e enfrentou a doença pela sexta vez. A situação tem mudado bastante a rotina da família – Silvane se dedica exclusivamente ao filho – mas também serve de acalento por nunca ter evoluído para um quadro mais grave ou com sequelas. “Estamos sempre muito apreensivos e tomamos cautela em relação a visitas, por exemplo, para evitar infecções e baixar a imunidade dele. Por outro lado, vemos que o William estar saudável depois de tantas idas e vindas ao hospital é um milagre e a força e fé que ele tem na vida é uma motivação para todos nós”, relata. Nas últimas semanas, o jovem também está tratando de herpes ocular.
Encaminhamento
Agora, a família tenta encaminhar William à capital para avaliar o que pode ter acontecido para ele ter contraído a doença após a cirurgia. O Hospital da Cruz Vermelha atende pelo SUS, mas não tem convênio com a Prefeitura de Dois Vizinhos, o que impossibilita esse tipo de encaminhamento. “Estamos vendo outros meios legais para levá-lo até Curitiba”, finaliza Silvane.
Ajuda
Para conseguir superar o problema, ele precisa fazer uma cirurgia em Curitiba com o custo de R$ 50 mil (entre procedimento cirúrgico com cinco médicos, exames, internamento, medicamentos, deslocamentos, reconsultas e pós-operatório). Você pode auxiliar clicando nesse link. Até a manhã desta terça-feira, 21, o jovem havia conseguido apenas R$ 610.
Fonte: Jornal de Beltrão e Portal Educadora