A economia, historicamente, é um dos fatores que mais pesam na decisão do eleitor, sobretudo quando não vai bem.
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Quatro anos após se eleger em uma campanha histórica que levou às urnas gente que nunca votara e encheu de esperança milhões de americanos, o democrata Barack Obama se lança à reeleição neste ano em um dos cenários mais inóspitos que um presidente dos Estados Unidos do Pós-Guerra enfrentou.
Embora a votação seja em 6 de novembro, a disputa já está acirrada.
Com os EUA entrando no quinto ano consecutivo de crise econômica, sua média de popularidade no terceiro ano de mandato ficou em 44,4% --só não é mais baixa do que a de Jimmy Carter (1977-81), se considerada a aferição do instituto Gallup para os nove presidentes que o país teve desde 1955. E, más notícias para ele, Carter (37,4% no terceiro ano) foi um dos únicos presidentes dos EUA em 50 anos a não se reeleger (o outro foi George Bush pai). A economia, historicamente, é um dos fatores que mais pesam na decisão do eleitor, sobretudo quando não vai bem. A projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) é que a dos EUA avance neste ano apenas 1,8% --muito abaixo dos 3% de avanços necessários para voltar, de fato, a criar empregos. É verdade que o índice de desemprego, outra determinante histórica da popularidade presidencial, recuou um pouco nos últimos meses, e abriu 2012 a 8,5% --o nível mais baixo desde 2008. Mas ainda está muito acima da média da década, quando mal superou 5%.