No Paraná, foram contratados 3,8 mil novos monitores.
Foto: Jornal de Beltrão
2026
Na quinta-feira, 21, tomaram posse 3.800 novos monitores de ressocialização prisional em todo o Paraná. Eles substituem os guardas prisionais, contratados através de PSS (Processo Seletivo Simplificado) e que tiveram seu contrato encerrado ontem. O serviço agora é terceirizado pela empresa New Life gestão prisional, que contratou os novos empregados em regime de CLT (carteira assinada). No Sudoeste do Paraná foram chamadas 132 pessoas, sendo que 74 vão atuar em Francisco Beltrão (60 na Penitenciária e 14 na cadeia pública).
Marcos Andrade, diretor da PEFB e coordenador regional do Deppen (Departamento de Polícia Penal), disse que a parte operacional das cadeias públicas e penitenciárias passa a ser feita através de parceria público-privada. “É um novo formato de contrato e parceria e com certeza devido à experiência da empresa em outros estados (Amazonas e Tocantins), o trabalho continua. Aquilo que era feito pelos agentes de PSS agora será feito pelos terceirizados.”
Segundo Marcos, através desta parceria a reposição de trabalhadores, que não se encaixam no perfil ou que desistam do serviço, ocorre quase que imediatamente, coisa que antes era mais burocrática em razão do PSS, ou seja, mais demorado.
Alessandro Rubim, supervisor regional da New Life, salienta que a contratação foi feita de forma emergencial para suprir a lacuna que seria deixada pelos guardas prisionais que estão deixando suas funções. Isso ocorreu em todo o Estado. O próprio Alessandro, que já estava contratado há 12 anos como PSS, disse que a legislação não permitia mais renovação dos guardas neste formato.
A previsão, conforme disse, é que mais para o fim do ano, a empresa faça uma nova contratação, aumentando em pelo menos 30% o efetivo que toma posse hoje. O salário é de R$ 3.200 (bruto) com escala de serviços de 12h/36h (diurno ou noturno). “Antes se chamavam de guardas prisionais, mas agora há uma nova roupagem da função que passa a atuar com enfoque mais forte na ressocialização dos detentos”, comenta Alessandro.
Ele acrescenta, dizendo que “além disso, antes tínhamos em toda região cerca de 50 guardas prisionais, agora serão 132 monitores, podendo aumentar ainda mais no fim do ano. Santo Antônio do Sudoeste, por exemplo, que sempre teve no máximo quatro guardas, agora terá dez monitores, além de quatro policiais penais (concursados)”.
Distribuição da equipe nas cadeias da região
Palmas – 10 monitores de ressocialização (seis homens, quatro mulheres);
Pato Branco – 18 monitores de ressocialização (dez homens, oito mulheres);
Francisco Beltrão – 14 monitores de ressocialização (oito homens, seis mulheres);
Penitenciária Estadual de Beltrão – 60 monitores de ressocialização (42 homens, 18 mulheres);
Dois Vizinhos – Dez monitores de ressocialização (seis mulheres, quatro homens);
Capanema – Dez monitores de ressocialização (seis homens, quatro mulheres);
Santo Antônio do Sudoeste – Dez monitores de ressocialização (seis homens, quatro mulheres)
Fonte: Jornal de Beltrão