Ele foi selecionado para a Hillsdale College, na região de Detroit, no estado de Michigan.
Foto: Portal Educadora
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O jovem duovizinhense Cauê Henrique Basso, de 17 anos, embarca nesta quinta-feira, 18, para um sonho: estudar nos Estados Unidos. Ele foi selecionado, com bolsa integral, para a Hillsdale College, universidade instalada na região de Detroit. A ideia de buscar a formação fora do Brasil surgiu no final de 2019. “Depois que eu decidi, procurei encontrar um lugar que pudesse aprender o passo a passo, bem certinho, de como eu conseguiria ir para fora. Eu já sabia, desde o início, que eu precisaria de bolsa de estudo, não teria como eu bancar porque o valor é absurdo. A partir de 2020, eu comecei a me preparar, entender o processo, o que eu tinha que fazer, quais documentos eram necessários e, em 2021, comecei a correr atrás dos documentos. Resumidamente, chegou o momento que eu reuni todos os documentos que eu enviei para determinadas faculdades que eu escolhi, que eu queria estudar”, disse o jovem, em entrevista para a Rádio Educadora.
O processo foi bastante difícil porque Cauê dependia de bolsa integral. “No total, eu enviei cartas para quatro faculdades, tive um não e fui aceito em três universidades. Acontece que duas dessas faculdades, eu recebi uma bolsa, mas não era suficiente. Em uma delas, que inclusive era a que eu mais queria entrar, que eu me identifiquei mais, eu recebi uma bolsa, mas não era suficiente. Era muito boa, mas não suficiente”, lembra. O jovem não desistiu. “Eu acho que foi numa segunda-feira que eu recebi o valor da bolsa e, no dia seguinte, enviei uma carta pedindo, quase implorando, por mais bolsa. Eles responderam falando que já tinham dado o máximo para alunos internacionais naquele período. Passaram dois dias, eu recebi outro e-mail que a assistente do financeiro tinha tido uma reunião com o diretor financeiro e que iriam me dar uma bolsa integral. Muitos podem chamar de sorte, destino, mas eu chamo de providência de Deus. Eu até já tinha pedido para ver se não poderia fazer a prova padronizada novamente para aumentar a bolsa”, celebra.
Cauê destacou que essa faculdade, em específico, tem poucos alunos de outros países. “Acho que eles viram essa oportunidade de ter mais um lá e eles não queriam deixar escapar. Por isso, que eu digo é importante a identificação do aluno com a faculdade porque quando eles gostam de você, fazem de tudo para te receber. Lá tem muito disso de você ter um ‘feat’ com a faculdade, se identificar, é você gostar da faculdade e ela gostar de ti. Essa faculdade pra mim era perfeita. Apliquei para ela, fui aceito e recebi uma bolsa”.
De lá pra cá, ele já teve bastante contato com diretores e colegas da faculdade. “Eu fiz até uma entrevista com um diretor lá, conversamos bastante. Tenho vários contatos, inclusive com colegas, com o colega de quarto. Não vou chegar sozinho lá. Quando eu não tinha conseguido a bolsa integral”, conclui.
Pai orgulhoso
Cleiton Basso, pai de Cauê, falou sobre a dedicação do filho para buscar a bolsa de estudos. “Pela percepção que eu, como pai, e da Dalvana, tivemos na família, vimos que, desde criança, ele era mais maduro que o normal. Isso, inclusive, era ume preocupação. Ele sempre foi estudioso, não perdeu tempo com bobagens, besteiras na sala de aula, gosta muito de ler. Também foi curioso, assistia o manual do mundo no Youtube e participava das rodas de conversa da Igreja Batista, em Dois Vizinhos, em assuntos mais profundos, como o sentido da vida, espírito, a alma. Isso despertou muita coisa. Eu, como pai, tentei ser um ponto de equilíbrio, porque ele passava madrugadas estudando. Mas ele tinha um objetivo e quando você tem um foco, ou você faz, ou você faz”, elogia.
Fonte: Portal Educadora