Suélen Bacchi e Paulo Henrique Paganotto celebraram sua união matrimonial no sul da Itália no dia 14 de setembro.
Foto: Arquivo Pessoal
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Suélen Bacchi e Paulo Henrique Paganotto foram um dos milhares de casais que tiveram o casamento adiado em virtude da pandemia. A união estava programada para 2020, contudo foi realizada dois anos depois, no dia 14 de setembro. O matrimônio foi celebrado no Santuário de Valverde, na ilha italiana da Sicília, já que o noivo é irmão do Frei Diones, que atua no país europeu. Após a celebração religiosa na Sicília, veio a lua de mel e um passeio por diversos países e uma surpresa: eles foram recebidos pelo Papa Francisco, no Vaticano, para uma benção, duas semanas depois de receber o sacramento do matrimônio.
“Essa viagem estava programada há dois anos. Nosso matrimônio foi celebrado na Itália pelo meu cunhado, Frei Diones, que ajudou a organizar a viagem e a cerimônia. Sabíamos que o Papa recebe casais que nos últimos seis meses celebraram o sacramento, mediante comprovação documental; fizemos a solicitação no mesmo dia do casamento, pois o departamento responsável no Vaticano precisa de alguns dias para aprovar o pedido. Para receber a benção do Papa, você recebe um convite especial e os noivos precisam ir vestidos com os trajes do casamento. Meu cunhado fez o pedido e recebemos o convite. Fomos bem cedo na data disponibilizada. Como já estávamos com a roupa que levamos para o casamento, foi mais fácil. Foi muito especial”, disse Suélen.
No dia, cerca de 100 casais de todo o mundo participaram da audiência Papal. O noivo Paulo Henrique destaca que houve um momento de interação direta com o Papa Francisco. “Foi um diálogo curto, breve. Ele pediu de onde éramos, nossos nomes, e depois nos dirigiu uma benção especial. Eu levei alguns terços comigo, também meu terço pessoal na mão, a Suélen levou algumas lembranças que o Papa abençoou também. Falamos que éramos do Brasil, ele sorriu, e depois ele nos abençoou. Ele conversou em portunhol. Na saída, eu brinquei que o Pelé era melhor que o Maradona. Ele até fez um sinal de positivo meio tímido, mas foi um momento único, estar diante de um dos homens mais importantes e influentes do mundo, para nós que somos católicos, foi muito significativo e inesquecível”, relata.
A noiva destaca que, há dois anos, na primeira data programada, talvez não se conseguisse a audiência com o Papa. “Por conta da pandemia, este evento não estava mais acontecendo. Voltou recentemente, com calma, organização, limite de convites. A sensação foi única. Não tem explicação”, resume.
Momentos emocionantes...
Suélen destaca que o nervosismo, para casar, foi menor do que na benção. “O matrimônio é bastante emocionante, mas eu fiquei muito mais nervosa diante do Papa. A cerimônia já estava organizada, a bênção do Papa não era uma certeza, visto que o Sumo Pontífice tem uma agenda lotada e muitas vezes faz viagens apostólicas para outros países. A audiência papal ocorre geralmente na quarta-feira pela manhã; o Papa passa em meio aos fiéis reunidos na Praça São Pedro e inicia a reflexão após a leitura de um texto bíblico em sete línguas, após a bênção dada à multidão o Papa recebe os casais para abençoa-los. Nós chegamos às 6h30 para pegar o início da fila, fomos o quinto casal a receber a benção. A audiência teve início às 9h e por volta das 10h30 estávamos diante do Papa. Nossa felicidade maior foi que ele não estava mais de cadeira de rodas, mas com o andador; de fato, tínhamos medo que este momento tão importante não pudesse acontecer em virtude da saúde debilitada do Papa, porém graças a Deus tudo deu certo”, celebra.
Fonte: Portal Educadora