Festival de pizza para ajudar no custeio de tratamento contra o câncer de Jennifer Serpa

A jovem duovizinhense luta contra a doença desde 2019 e depende do pai para fazer todos os deslocamentos.

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  • 29 de Novembro de 2022
  • Foto: Arquivo Pessoal

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A duovizinhense Jennifer Serpa está promovendo festival de pizza para auxiliar no custeio do seu tratamento contra o câncer. São seis opções de sabores: calabresa, três queijos, bagunçada, frango, lombo e chocolate. Uma pizza está sendo vendida por R$ 30 e o combo com duas pizzas e o refrigerante custa R$ 70. As entregas acontecem nos dias 1 e 2 de dezembro e a retirada será no piso inferior da Igreja do Bairro Concórdia. “No ano passado foram duas vendas de pizza que nos ajudaram muito e, agora, conto com a sociedade novamente para conseguirmos um bom rendimento que vai dar uma mão nessa nossa situação financeira. Desde já quero agradecer todo mundo, toda ajuda é muito válida, desde um compartilhamento, ajudar vender, comprando as pizzas, tudo é muito bem-vindo. Caso alguém tenha alguma dúvida pode entrar em contato pelo telefone (46) 99911-4754”, disse.

O pai dela trabalha como autônomo para acompanhar a filha e teve muitos compromissos de consultas nos últimos dias. “Tivemos muitos gastos, quem conhece minha família sabe que meu pai trabalho por conta, até em virtude dos meus tratamentos, porque eu dependo que ele me leve nos lugares para consultas, exames, fisioterapia, agora estou me adaptando novamente com a prótese e, assim, ele não tem emprego fixo. Nos últimos dias, era para eu ter ficado uma semana em Londrina, ficamos 20 dias, ele não conseguiu trabalhar, a principal renda é do trabalho dele e a nossa situação financeira está bem complicada. Eu faço também tratamentos alternativos, estou sempre em deslocamento e enquanto tiver um fio de esperança vou correr atrás para conseguir”, completa.

História

A jovem vem superando diversas variações da doença. “Tudo começou no final de 2019, quando recebi meu primeiro diagnóstico de câncer, um ostiossarcoma maligno no fêmur da perna esquerda, que precisou ser amputada. Na época, graças a Deus, o câncer estava só na perna. A gente retirou a perna, eu fiquei superbem, me recuperei, depois a gente repetiu exames, o resto do corpo estava perfeito, mas, infelizmente, 10 meses depois da amputação eu descobri uma metástase pulmonar. Eu fiz sete a oito quimioterapias, depois disso, repeti o exame para ver como estava o pulmão e as médicas disseram que o resultado não tinha sido bom, a quimio não tinha feito efeito e eu fui mandada para casa, desenganada. A única opção era fazer uma quimio mais agressiva onde teríamos que assinar um termo se responsabilizando porque eu poderia entrar em óbito durante o tratamento”, conta.

A jovem procurou uma segunda opinião e descobriu um novo tratamento. “Tive oportunidade de fazer consulta em São Paulo, com especialistas nesse tipo de câncer, repeti todos os exames, eles explicaram que a quimio havia tido efeito, mas eles não viam mais motivo para fazer quimio, me indicando um medicamento que vem dos Estados Unidos, custa R$ 22 mil uma cartela com 84 comprimidos. Tentamos algumas vezes pelo plano de saúde, porém, pelo valor alto, na época, o medicamento não era liberado pela Anvisa e foi negado, mas, depois, eu consegui. Já faz um ano e meio que estou sem quimio, oito meses usando o medicamento e uns dois meses que repeti os exames de imagem para ver como estava e o resultado foi muito positivo. A doença estabilizou, dormiu”, celebrou.

Agora, novas lesões apareceram na costela e na perna amputada. “Não tem como saber se é realmente maligna ou se pode ser benigna. Eu tenho que fazer uma biopsia, mas esse tipo de câncer não posso fazer biopsia porque ele pode espalhar se mexer. Foi indicado fazer 10 sessões de radioterapia, cinco na costela e cinco no coto. Se fosse maligno, o mal seria morto pela raiz e, se não fosse, estava tudo certo. Eu fui novamente para São Paulo, passei por outra consulta eles indicaram fazer as radioterapias em Londrina porque o tipo que eu precisava não tina em Beltrão, Cascavel ou Pato Branco. Começamos uma correria. Graças a Deus eu fiz o tratamento, passei pelo radiologista, que não via necessidade de fazer a radioterapia no coto. Fiz cinco sessões somente na costela. Ainda não repeti exames, o médico disse que deu tudo certo, que ele conseguiu fazer o que tinha que ser feito. Eu me recupero bem do tratamento”, conclui.

Fonte: Portal Educadora