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Drones para pulverização de lavouras já são utilizados em Dois Vizinhos

Equipamento da família Tives tem capacidade de 30 litros e já foi utilizado em diversas propriedades no município e região.

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  • 04 de Janeiro de 2023
  • Foto: Arquivo Pessoal

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A tecnologia está cada vez mais presente no campo e, dentro dessas evoluções, está à utilização de drones para diversos serviços, entre eles, o de pulverização. A família Tives, de Dois Vizinhos, está apostando na tecnologia para serviços na sua propriedade e para terceiros. “Tínhamos dificuldade para a pulverização do fungicida, com o controle da cigarrinha no minho e buscamos o drone para fazer o trabalho na nossa lavoura. Hoje, o esmagamento e a compactação do solo são problemas da utilização dos tratores. Em lavoura de soja, por exemplo, que se passa três, quatro vezes com o veículo, de acordo com a Embrapa, pode afetar de 6% a 8,5% da produção e, se imaginarmos a produção e o custo do produto, realmente, paga o trabalho. Eu sou pequeno produtor e nosso objetivo é atender os pequenos. Muitos não têm trator, pulverizador e, com o drone, a gente pode terceirizar isso. Hoje, pode-se plantar o milho e quem não tem o autopropelido, aquele trator grande, alto, tem o drone e, mesmo com o milho alto, não tem quebra do milho para aplicar o fungicida, por exemplo”, explicou Giovani Palma Tives, proprietário do equipamento, em entrevista ao Programa Sete e Meia.

O modelo do equipamento adquirido pela família leva até 30 litros de produto, conta com uma bateria de 10 quilos e é uma máquina bastante poderosa e que chama bastante atenção. “Esses dias até a polícia chegou visitar a gente. Ficamos assustados, mas eles queriam conhecer o equipamento”, completa.

Muita evolução

Sérgio Leão é piloto de drones agrícolas desde 2017 e ressalta a evolução no segmento. “Hoje, conseguimos fazer uma partícula de pulverização de até 180 micras e isso é muito pequeno, conseguindo colocar 25 a 30 gostas por centímetro quadrado de folha. A cobertura é muito maior em termos de gotas e partículas do que uma pulverização por centímetro de água, que é o meio que leva o produto até a planta com o trator. Com o drone, você atinge mais, com menos quantidade de água. Temos problemas também, como a deriva, mas isso com um trabalho, uma consciência agronômica, para que se evite esses problemas de ataques de áreas vizinhas, num trabalho específico com adjuvantes específicos, bicos especiais maximiza os resultados”, diz.

O piloto destacou a ação do drone em áreas dobradas. “Temos, nesses espaços, nossa principal atuação. O trator em área dobrada tem um amassamento muito maior porque as rodas deslizam. Aqui na nossa região, foram abertas áreas de morro e acabam sendo atendidas pelo drone porque ele se encaixa muito bem nesses espaços. Quanto a tempo, conseguimos superar o trator, mas ainda não o autopropelido”, explica.

Priscila Palma Tives também pilota o equipamento e destaca que ele é ecologicamente mais recomendado. “O que me chamou atenção é a questão da natureza. A gente percebe que, quanto mais consciência ecológica nós tivermos, mais conseguimos evoluir com sustentabilidade e saúde. O avião, por exemplo, faz uma dissipação com uma deriva muito grande e pode contaminar água, casas. O drone, por sua vez, oferece um serviço de muita qualidade com sustentabilidade. Outra situação para o agricultor, por exemplo, é quando chove. Como que o agricultor colocaria um trator na lavoura para fazer um tratamento? Com o drone a gente consegue entrar. Os drones diminuem a quantidade de água utilizada para a pulverização, os defensivos são mais concentrados e apresentando vantagens na lavoura com grande eficácia, com o produtor tendo menos custos e mais vantagens.”

E o custo?

Para contratar o trabalho, o custo, de acordo com Giovani, é pago pelo prejuízo que pode ser causado pelos tratores. “Minha lavoura, no ano passado, deu 202 sacas de soja por alqueire. Vamos utilizar 200 sacas para a conta. Como a Embrapa diz que esmaga 6,5%, mas na ladeira esmaga um pouco mais, vamos pegar 6% de 200 sacas vezes o valor dos contratos que estão na faixa de R$ 180 já vai dar R$ 2 mil de perda. Nosso trabalho é mais barato que isso. Sem contar a manutenção do trator, pulverizador, o envolvimento do agricultor próximo do veneno, a gente fica longe, se cuidarmos na mistura do produto, ver a posição do vento, ficamos com menos contaminação”, conclui.

Quem quiser mais informações pode entrar em contato pelo telefone (46) 99980-0399.

Fonte: Portal Educadora