Lindemberg é acusado de cometer 12 crimes, entre eles homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparos de arma de fogo.
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Após três anos e sete meses do assassinato da jovem Eloá Pimentel, começa nesta segunda-feira (13), no Fórum de Santo André, no ABC Paulista, o julgamento de Lindemberg Alves, 25, que manteve a ex-namorada de 15 anos refém por cerca de cem horas. O réu, que já chegou ao Fórum, vai a júri popular, e a previsão é que o julgamento, que será conduzido pela juíza Milena Dias, dure de três a quatro dias.
Lindemberg é acusado de cometer 12 crimes, entre eles homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, tentativa de homicídio (contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá também feita refém e que levou um tiro no rosto, e contra o sargento Atos Valeriano, que participou da ação), cárcere privado e disparos de arma de fogo. Se for condenado por todos os crimes, a pena pode ser superior a cem anos de prisão --Lindemberg está preso desde 2008.
Ao todo, serão ouvidas 19 testemunhas, sendo cinco de acusação e 14 de defesa. As testemunhas de acusação convocadas pelo Ministério Público são Nayara Rodrigues; Vitor Lopes de Campos e Iago Vilela de Oliveira, amigos de Eloá que estavam no apartamento dela quando Lindemberg o invadiu; Ronickson Pimentel, irmão mais velho da vítima; e o sargento Atos Valeriano, que participou da negociação para libertação das reféns e também foi baleado.
Já a defesa chamou 14 testemunhas, sendo quatro peritos criminais, um advogado, o delegado que presidiu o inquérito policial, dois policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e seis jornalistas, entre eles Sonia Abrão e Roberto Cabrini.