A Promotoria de Justiça de Barracão protocolou duas ações civis públicas por ato de improbidade administrativa.
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A Promotoria de Justiça de Barracão protocolou duas ações civis públicas por ato de improbidade administrativa que questionam condutas de prefeitos da região.
Uma das ações é contra o prefeito de Barracão, Joarez Lima Henrichs, além de Antenor Dal Vesco, comerciante, e Harry Miguel Hoffmann, aposentado.
O prefeito e as outras duas pessoas seriam os reais donos de uma área no Jardim Vale do Capanema, contígua à desapropriada pelo próprio prefeito para a futura construção do Fórum local.
De acordo com a Promotoria, a área, que está passando por intensa valorização devido à perspectiva da construção do Fórum, é de propriedade de Henrichs, mas foi registrada em nome de outras três pessoas, para que o nome do prefeito não aparecesse.
A outra ação refere-se ao município de Bom Jesus do Sul e questiona a alienação de um veículo, por meio de leilão, a parente de um membro da comissão especial que fez a avaliação do bem, por valor abaixo do praticado no mercado.
Segundo a tabela FIPE, o carro valeria R$19.167,00; mas foi colocado em leilão pelo mínimo de R$ 15 mil e arrematado, por R$ 15.030,00, pelo filho do integrante da comissão que estabeleceu o preço mínimo.
De acordo com a ação, o carro foi posteriormente transferido a um primo da primeira dama do Município de Bom Jesus do Sul para ser, depois, utilizado pelo prefeito, Paulo Deola, durante a campanha eleitoral de 2008.
Na ação são requeridos, além de Deola, Boaventura de Souza e Lauro Pinheiro Cabral – membros da comissão de avaliação, Felipe Osvaldo de Souza, filho de Boaventura, e Régis Joatan Pinheiro Cabral, primo da primeira dama.
As ações, assinadas pela promotora de Justiça Andreia Cristina Bagatin, pedem a condenação dos requeridos às penas previstas pela Lei de Improbidade Administrativa, que podem incluir a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos.