O número é 10% maior que o contingenciamento anunciado no início de 2011, de R$ 50 bilhões
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O governo federal anunciou nesta quarta-feira (15) um corte de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012. O número é 10% maior que o contingenciamento anunciado no início de 2011, de R$ 50 bilhões, e também busca garantir mais investimentos ao longo do ano. O governo também já afirmou que os cortes neste ano garantirão o cumprimento da meta de superavit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública), de R$ 139,8 bilhões. O corte pode ser positivo do ponto de vista fiscal, de economia do gasto público, por exemplo. Mas há um lado negativo neste contigenciamento: a possibilidade de limitações ou recuo nos investimentos estatais, uma das preocupações governamentais. Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) ressaltou que os investimentos deverão crescer mais do que 10% em 2012 e que, diante do cenário econômico internacional, o Brasil estará "remando contra a corrente".
Outro objetivo do corte orçamentário é assegurar o espaço para o afrouxamento da política monetária, com a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Com isso, o governo pretende estimular o mercado interno a induzir o crescimento econômico, em um cenário possível redução da demanda externa provocada pela crise da zona do euro.