Nesta quinta-feira, 9, às 10h30, a Foz do Chopim Energética, em parceria com a Copel e o Governo do Estado, realizam um evento para celebrar os 20 anos de operação da Pequena Central Hidrelétrica Arturo Andreoli (Foz do Chopim). Diversas autoridades estaduais devem participar da solenidade. “Temos muito a comemorar, muita energia já foi gerada aqui e sempre trabalhamos em prol da comunidade, principalmente, da região. A PCH é a antiga Julio Mesquita Filho que começou com 54 megawatts de geração. Tivemos a construção de Salto Caxias e, por isso, que diminuir a potência e subir a casa de máquinas, diminuindo a potência gerada, quando ela virou a PCH Arturo Andreolli”, resumiu Sérgio Cequinel, diretor técnico da usina, em entrevista para o Programa Sete e Meia.

A PCH gera, atualmente, energia para alimentar uma cidade de 100 mil habitantes. “Nós geramos aqui, nesses 20 anos, 3.170 gigawatts/hora e temos capacidade de geração para alimentar uma cidade de 100 mil habitantes/residencial. Numa analogia, são duas cidades como Dois Vizinhos. Nosso trabalho é silencioso. O pessoal só briga quando falta luz ou energia na casa, aí ele lembra que existe a concessionária e todo o sistema, mas tem muita gente trabalhando para o sistema funcionar, seja na geração, transmissão e distribuição. Nós participamos da geração e transmissão, pois temos uma subestação elevadora que transmite para o sistema e é controlada pela Copel. São muitos profissionais trabalhando para que você aperte o interruptor e tenha luz quando quiser”, completa.

Com a comunidade...

Ele ressaltou a responsabilidade social da usina. “As usinas, como um todo, se preocupam muito com a parte socioambiental. No nosso caso, somos um grande filtro do rio Chopim, pois estamos na foz do rio e e, ao longo desses 20 anos, já recolhemos, só no ‘limpa grade’, cerca de 15 toneladas/ano de lixo. Isso equivale, nesses 20 anos, a 300 toneladas de lixo recolhido. São 13 carretas. São garrafas pet, isopores das mais variadas formas, chinelos, galões de defensivos agrícolas, que são perigosos, tambores de plástico e metal e latas de tintas. O que a gente chama a atenção? Não queríamos que isso chegasse na usina. A gente faz o trabalho, limpamos, mas precisamos de mais consciência da comunidade ao longo do rio”, alerta.

A usina também faz ações com a comunidade para a limpeza do reservatório. “Temos a operação Lago Limpo, em parceria com a prefeitura de Cruzeiro do Iguaçu e a comunidade. Desde 2008 até o ano passado, já recolhemos no entorno do Lago mais 70 toneladas de lixo. Somente no ano passado, foram 5 toneladas no entorno do reservatório. Um fato que chamou muito atenção foi que encontramos muitas seringas hospitalares. Achamos um ou dois sacos de seringas. Não eram para estar ali. Depois foi dada a destinação correta. Fizemos em 2019 e vamos resgatar agora no pós-pandemia, em 5 de junho, ações do Dia Mundial do Meio Ambiente. Foi espetacular. Fizemos com as escolas, tivemos uma parceria com a Copel e Prefeitura e três escolas de Cruzeiro do Iguaçu com o plantio de árvores nativas e a soltura de 20 mil alevinos. Essas crianças viveram um momento incrível, que fica na memória com conscientização para ela e para a família, que tem que cuidar do entorno e do meio que vivem”, conclui.

Fonte: Portal Educadora