Com 102 anos, Bernardina gosta de carne gorda e não dispensa uma cervejinha

Ela reside em Dois Vizinhos e diz não saber o segredo para viver tanto tempo.

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  • 15 de Março de 2023
  • Foto: Jornal de Beltrão

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Bernardina Padilha da Cruz nasceu no dia 28 de setembro de 1921 em Taquara Verde (SC). Aos 102 anos, ela não consegue dizer qual é o segredo da sua longevidade, no entanto, dá algumas pistas: dorme cedo, acorda cedo e sempre se alonga ao sair da cama. Quando enxergava, gostava de ler. Agora, com pouca visão, se orgulha de conseguir se deslocar sozinha pela casa da sua filha, Santina, com quem reside há 23 anos. Volta e meia a filha, inclusive, pega a idosa cantando em frente à TV. “Tem que perguntar para Deus. Não sei porque eu estou com essa idade. Da minha descendência, só eu estou com essa idade”, disse.

O marido faleceu há 54 anos, em Três Barras do Paraná. Dos seis filhos, dois também faleceram. “Um mora em Beltrão, outro em Medianeira e outro no Estado de Roraima. Eu fiquei com a Santa aqui em Dois Vizinhos. Quando viemos para o Paraná, há 61 anos, nós ficamos na Erveira (Cruzeiro do Iguaçu), aí fomos para Três Barras, depois Formosa do Oeste, voltei para cá, depois fiquei andando nas casas dos filhos. Eu morei 11 anos com um filho, que inventou de ir para Curitiba. Eu não quis ir para Curitiba, não conheço ninguém lá, aí eu vim para Dois Vizinhos na casa da Santina há 23 anos. A cidade era bem pequena, esse bairro (Vitória) tinha três, quatro casas”, disse.

Comida e bebida? O que tiver. “Tudo o que for de comer, eu gosto. Cerveja, cachaça, vinho, café, chimarrão, tudo isso eu tomo e gosto”, resumiu. A filha entrega, inclusive, que a idosa gosta de ‘carne gorda’. Sem estudo, o trabalho foi na roça e em casas de família. “Eu fui desenganada por três médicos que não era para mexer nem nos ouvidos, nem nos olhos. Eles falaram que na idade que eu estou não é pra procurar remédio, recurso, não tem o que fazer. Só me deram um calmante quando tiver doendo. Agora, tá fazendo um ano que não tenho nem dor de cabeça. Faz quatro anos que larguei os remédios de pressão, só preciso tomar o remédio de vez em quando”, completou.

Fonte: Jornal de Beltrão