Expectativa é concluir a colheita em praticamente 15 dias.
Foto: Gilson Abreu/AEN
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A colheita da safra de soja 2022/2023 nos 27 municípios de abrangência do Departamento de Economia Rural (DERAL) Núcleo Regional de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos chegou a 75% nesta semana e a expectativa é que em até 15 dias seja concluída. A produtividade está excelente e superando todas as expectativas, com a possibilidade de safra recorde.
“Nessa safra foi plantada nos 27 municípios uma área de 300 mil hectares. A expectativa é de que colhesse em torno de 1,1 milhão a 1,2 milhão de toneladas. Nós tivemos vários empecilhos, no início do plantio, em setembro e outubro, com excesso de chuva não deixando os produtores fazerem o plantio e, aqueles que conseguiram plantar, as primeiras lavouras foram bastante prejudicadas na germinação. Depois, tivemos estiagem em novembro e dezembro junto com as altas temperaturas, que trouxe alguns problemas prejudicando o desenvolvimento da cultura. Porém, as precipitações no início de janeiro nos trouxeram uma boa expectativa de produtividade aliadas aos altos investimentos dos produtores em tecnologia, nós vamos fechar uma produtividade acima do previsto inicialmente. Estamos com uma área colhida de praticamente 75% das lavouras e a gente acredita que em mais 15 dias praticamente se conclua a colheita da soja. Devemos atingir a nossa estimativa que é em torno de 170 sacas por alqueire, uma produção de praticamente 1,2 milhão de toneladas previstas inicialmente e com isso vamos ter uma safra recorde, com 20 milhões de sacas nos 27 municípios da nossa região”, disse o diretor do DERAL, Núcleo Regional de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, Antoninho Fontanella.
O valor da saca que já chegou aos 180 reais no ano passado, caiu para cerca de 150 reais neste final de janeiro. “A questão dos preços, caiu bastante nos últimos dias, mas tem vários fatores que têm influenciado a comercialização do produto: o deslocamento da safra até o porto, que está sendo dificultado em função dos problemas na BR-277 na chegada a Paranaguá; o dólar que também caiu bastante; e como todo ano, no período de colheita, a alta oferta tem puxado o preço para baixo e, até em função disso, o produtor deve aguardar um outro momento para fazer a comercialização da soja”, explicou.
As chuvas de março atrapalharam a colheita, mas não devem afetar a produtividade. “A colheita tem andado num ritmo normal apesar que neste mês de março tivemos uns dez dias de precipitações que atrapalharam, mas de uma maneira geral não dá para considerar que tivemos grandes prejuízos na colheita em nossa região”, finalizou Antoninho.
Fonte: Portal Educadora