Eliane e Três Amores conquistam medalha de prata no Prêmio Queijos Paraná

O laticínio Eliane é de Dois Vizinhos e o Três Corações é de São Jorge D’Oeste e foram premiados com queijos trufados com doce de leite.

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  • 02 de Junho de 2023
  • Foto: Portal Educadora

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O Programa Educadora News, da Rádio Educadora, entrevistou na manhã desta sexta-feira, 2, as empreendedoras Eliane Mergener da Silva, dos Queijos Eliane de Dois Vizinhos, e Maristela Gaio, dos Queijos Três Amores de São Jorge D’Oeste. Elas participaram do 1º Prêmio Queijos Paraná que foi pensado para celebrar o Dia Mundial do Leite e foi promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Iapar-Emater, Sistema Faep/Senar, Sebrae-PR e Sindileite-PR com apoio de 28 entidades e conquistaram medalha de prata com queijos trufados com doce de leite. Foram premiados 30 queijos com medalha de ouro, 30 com prata e 30 de bronze entre os mais de 320 inscritos. O concurso foi realizado no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

Maristela, do Queijos Três Amores, de São Jorge D’Oeste, falou sobre o concurso e a emoção de receber a premiação. “Eu enviei um queijo tradicional e um trufado com doce de leite e, com o trufado, eu ganhei a medalha de prata. Em 2019, também participei de um prêmio nacional, em Florianópolis (SC) e lá eu consegui, com o tradicional colonial, a medalha de bronze. Eu comecei na cozinha há uns cinco, seis anos. Fazia queijo para amigos, degustação, numa panela pequena. O IDR me incentivou a mandar para o concurso, eu não tinha registro, queijaria montada, eles aceitavam e a gente viu a possibilidade, jamais imaginando colocação, era só para ter uma noção de como estava o queijo. Quando saiu o resultado, eu fiquei sem acreditar que conseguimos uma colocação boa para uma iniciante. Aí consegui me direcionar. Montei a queijaria, agora eu consigo trabalhar melhor e entender o que eu preciso melhorar, estudar, porque o queijo tem vida, modifica a cada dia”, disse.

A empreendedora duovizinhense Eliane Mergener da Silva, dos Queijos Eliane, também celebrou a medalha de prata no concurso. “É um dia de festa, de vitória, por termos conseguido a premiação prata nesse concurso. Fiz um queijo trufado, uma novidade que estamos testando, por isso, antes de lançar mandei para o concurso. Eles aprovaram e foi um dos primeiros que fiz e agora vamos buscar a licença e a produção para comercialização”, completa.

Histórias

Os Queijos Três Amores, por enquanto, têm apenas a Inspeção Municipal com autorização para comercialização apenas em São Jorge D’Oeste. A empreendedora espera que o município se adeque ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte do Paraná (Susaf-PR) que permitiria a comercialização dos Queijos Três Amores para todo o Paraná. “Por enquanto posso comercializar somente na minha cidade e estamos trabalhando por outras certificações, como SUSAF para vender no Paraná”, destacou.

Maristela explicou porque deu este nome ao seu empreendimento. “Esse nome tem história e vai ter muita história. Desde pequena gostei de morar no interior. Quando eu tinha nove anos, meus pais vieram para a cidade, eu não gostava e agora vai para 18 anos que eu voltei para o interior, depois de casada. Eu sempre quis ter vacas e a segunda paixão é o queijo, eu tenho a lembrança de quando eu era pequena, ficava sapecando o queijo no fogão a lenha. Aí eu falei para o meu marido para investirmos no queijo, fiz um curso de empreendedorismo há 10 anos, queria montar um projeto e pensei neste nome porque são três coisas que eu amo na vida: natureza, gosto de morar no mato; as vacas, eu amo aqueles bichos, são ótimas colegas de trabalho e a família. Por isso, o nome Três Amores”, explicou.

Do São Francisco do Bandeira para o Paraná...

Eliane começou sua produção há cerca de 10 anos. “Faz uns sete anos que eu ampliei. Comecei num puxadinho de casa. A partir dali, fiz um espaço só para a produção dos queijos”, lembrou. Os produtos já possuem o selo SUSAF para comercialização em todo o Paraná. “O Paraná é grande, ainda estou muito concentrada na região, tenho que subir para outros lugares. Hoje temos uma produção de cerca 2,5 mil litros/dia. Fazemos o queijo colonial, temperado com orégano, muçarela e os subprodutos, a manteiga e a ricota. Faz dois anos que estou trabalhando com a ricota e assim eu não desperdiço nada”, conta.

O leite ela adquire em propriedades vizinhas. “A maior parte da produção é dos vizinhos, eu acho melhor dessa forma porque os meus filhos estão fazendo faculdade, se especializando para depois mais futuramente começarmos a ter uma leitaria própria. Eu quero crescer muito, são sonhos, vim de uma família muito humilde, simples, com muitas dificuldades, não fiquei olhando para trás, e quero comercializar em todo o Paraná”, explicou. Além dos queijos que já estão disponíveis em diversos mercados de Dois Vizinhos e da região, Eliane está entrando no ramo de panificação com angnolini, lasanha, tortei e, em breve, pão de queijo. Quem quiser adquirir pode entrar em contato pelo telefone (46) 99982-5264.

Outros premiados

Da região Sudoeste, receberam o selo Bronze o queijo colonial São Bento, da Queijaria São Bento, o queijo minas frescal do Latícinios Latco de Realeza e a ricota prensada frescal da Queijaria Santo Antônio, de Santo Antônio do Sudoeste. O selo prata também foi entregue para o queijo colonial temperado ao vinho de Marildo Atílio Capra, de Francisco Beltrão, o queijo provolone, da Queijaria Due Sorelle, de Santo Antônio do Sudoeste, o queijo provolone fresco defumado da Latco, de Realeza e o queijo tipo frescal da queijaria artesanal São Bento de Pinhal de São Bento. Receberam o selo ouro o queijo provolone fresco defumado do Laticínio Daniel Colle, do Verê.

Fonte: Portal Educadora