O governo federal anunciou o contingenciamento de 55 bilhões de reais do Orçamento de 2012. Desse total, a estimativa de despesas obrigatórias, que envolvem gastos com pessoal, entre outros, foi reduzida em 20 bilhões e meio de reais.

Já as discricionárias, que incluem despesas que o governo pode ou não fazer, foram reduzidas em 35 bilhões e meio de reais.

A decisão foi tomada em reuniões interministeriais e orientada para a preservação dos investimentos prioritários, como as áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Com isso, os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, o Programa Minha Casa Minha Vida e o Brasil Sem Miséria não vão sofrer cortes.

De acordo com o ministro da Fazenda Guido Mantega, o objetivo do bloqueio é alcançar o superávit primário, que é a economia para o pagamento dos juros da dívida, e assim garantir o ritmo de crescimento desejado.

O governo anunciou ainda que vai dar continuidade às medidas de redução dos gastos da administração pública. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, um novo decreto vai ser reeditado. Além disso, ela afirmou que um novo modelo de gestão está em execução.

Em 2011, a economia com diárias, passagens e locação de imóveis, máquinas e equipamentos chegou a dois bilhões e duzentos milhões de reais.