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JOAO PEDRO SEGATO

Leilão RPK oferece animais para melhorar a genética dos rebanhos

Evento acontece no domingo, 25, na Sociedade Rural Vale do Iguaçu (SRVI) em Dois Vizinhos.

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  • 21 de Junho de 2023
  • Foto: Assessoria

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No próximo domingo, 25, a Sociedade Rural Vale do Iguaçu (SRVI) de Dois Vizinhos promove, no Recinto de Leilões Ervelino Coletti, a 5ª edição do Leilão RPK Genética. O evento será as 14 horas. Serão comercializados 50 touros reprodutores e 70 fêmeas das raças Brangus, Braford, Nelore, Nelore Pintado e Brahman que podem ser utilizados para melhoramento genético dos rebanhos. O evento será presencial, com exposição de alguns exemplares que serão comercializados, e terá transmissão pelo YouTube da EvoluêAG e da leiloeira Pampa Remates. “Temos, enquanto SRVI, a preocupação com o melhoramento genético do rebanho de Dois Vizinhos e região. Sempre falamos que o boi bom se defende, ou seja, o que tem uma alta genética, característica melhorada, coloca um peso maior na hora da venda ou do desmame. Preocupado com isso, fazemos esse leilão trazendo raças de alta genética para oportunizar os pecuaristas que melhorem seus planteis”, resumiu Davi Chioca Júnior, presidente da entidade.

A RPK Genética, inicialmente Fazenda Salto Caxias, iniciou sua atividade em 1998 em Boa Vista da Aparecida e na Fazenda Laranja Doce em Diamante do Sul, com gado comercial e evolução da genética Nelore. Em 2008, aconteceu a transferência da Fazenda Salto Caxias para Fazenda Santa Maria com início do criatório da Raça Angus, Brangus, Braford e Brahman e mantendo o Nelore e com o desenvolvimento tecnológico e genético, dando início a RPK Genética. “Com esses leilões, os animais comercializados aqui tem melhorado gradativamente. Onde você vê? No peso de um bezerro. O filho de um touro bom pesa 20 a 30 quilos a mais que um bezerro filho de touro comum sem registro. Isso tudo gera lucro aos pecuaristas. O objetivo é trazer animais de qualidade para que o produtor adquira cinco, 10 matrizes e comece um plantel qualificado”, explicou o médico veterinário e membro da SRVI Itamar Boaretto.

O pecuarista Alexandre Pagnoncelli falou sobre como a genética influencia na prática. “Eu sou recriador e confinador, não produzo bezerros, então, não tenho touros e compro um animal do produtor 1 e percebo que ele demorou 10 meses para atingir 420 quilos, enquanto um animal que eu comprei do produtor 2 demorou 14 meses para chegar ao mesmo peso, então, o bezerro 1 tem valor agregado melhor na venda porque vai ficar menos tempo no confinamento sendo que um boi custa R$ 17 por dia confinado. Então, é importante fazer essa conta. Animais com boa genética, boa nutrição e bom manejo dão bons resultados”.

Hora de comprar

Alexandre ressaltou que o momento está bom para comprar. “A gente sempre fica pensando se é o momento certo de investir porque vemos as comodities agrícolas e o preço gado caindo, o mercado está ruim, exportação tá ruim, a gente liga a TV e só fala em gripe aviária, que o preço da carne vai cair, o preço do soja vai cair, o milho também, mas eu vejo que existe um negócio chamado o ‘ciclo da pecuária’. No ano de 2021, a gente vendia um bezerro a R$ 3 mil. O que acontecia? Era um baita de um lucro. Aí o produtor ficava animado, segurava mais vacas para produzir mais bezerros porque era bom. No ano seguinte, uma parte das novilhas criavam, uma parte não, estávamos no meio do ciclo e vendíamos os bezerros a R$ 2,4 mil. Hoje, está R$ 2 mil, ou seja, R$ 1 mil a menos do que em 2021 porque temos muita oferta e pouca demanda. O que o pessoal faz? Manda as vacas para o frigorífico porque não vale a pena produzir o bezerro. No ano seguinte começa a faltar, começa a dar outro tombo do ciclo. Então, esse é o melhor momento para investir na pecuária para termos resultado quando tivermos esse produto dessa compra no mercado”, resume.

Fonte: Portal Educadora