Comunicador deixa a grade dos domingos da emissora depois de muitos anos na programação.
Foto: Portal Educadora
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A partir do dia 1º de julho estreia uma nova programação nos finais de semana da Rádio Educadora de Dois Vizinhos. Entre as mudanças, o comunicador Jaime Manoello Bonato deixa de fazer parte dos domingos da emissora. Na última sexta-feira, 23, ele foi homenageado com uma placa com os seguintes dizeres: “A Rádio Educadora de Dois Vizinhos reconhece e homenageia o radialista Jaime Manoello pelo seu comprometimento, dedicação, por viver o sentido do rádio na comunidade e principalmente pelo seu amor à nossa emissora durante toda a história escrita juntos”.
O comunicador agradeceu. “Eu fui chamado para uma conversa simples e fui surpreendido com essa homenagem. Eu não esperava essa manifestação, esse gesto. É uma honra, um orgulho receber uma placa de homenagem que eu vou guardar com muito carinho. Agradeço muito, sou muito grato a Rádio Educadora, que é um vício na minha vida. Eu entrei na emissora antes dela entrar no ar oficialmente. Fui lá conhecer a rádio, não conhecia uma rádio, e meu irmão Jair Bonato já estava trabalhando em conjunto com o saudoso Valdir Pagnoncelli que disse que eu tinha que trabalhar na rádio, que era um artista e tinha que ficar lá. Já trabalhei no mesmo dia, no sábado, no domingo. Até hoje estamos ligados aos microfones”, lembrou.
Ele começou com programa musical de meia hora. “Tinha uma programação, uma grade, e estava livre um programa de meia hora de música sertaneja. Aí o Jair [Bonato] disse que eu ia fazer esse programa, pois no começo eram apenas dois locutores o dia todo. Comecei com essa meia hora, aí aquilo pegou, o povo começou a gostar, fomos aumentando o horário, mudamos de nome e começamos a chamar de ‘Coração Sertanejo’. Foi sucesso na região toda”. Na história, ele participou de diversas programações. “Fiz quase todos os programas. O que menos fiz foi o noticiário, mas participei do futebol, esportes, de domingo a domingo, trabalhava direto. Até narração de jogo eu fiz algumas vezes que precisou. Eu sempre quis fazer também um programa de música nativista e aí surgiu o programa de domingo. O Valdir não gostava, não queria, foi um tempo até que comecei a fazer e deu certo”, disse. Entre as lembranças que marcaram, estão as homenagens para as crianças que nasciam em Dois Vizinhos. “Eu lembro que uma família teve um filho e, todo ano, eles pediam para homenagear e gravavam numa fita. Até hoje eles tem uma fita lá com diversos anos gravados”.
Sonho de infância
Jaime e seus irmãos brincavam de rádio quando eram crianças. “Morávamos em São Roque e poucas famílias tinham rádio. Meu pai tinha um ‘radião’ caixa de abelha. Eu gostava muito de ouvir. Uma das coisas que me marcou foi quando eu ouvi a chegada do homem à Lua. Eu fiquei ouvindo, imaginando, sempre gostei muito. Aí a gente brincava de rádio e, quando chegou a Educadora, fomos acolhidos. Estava eu, Valdir, Jair Bonato e Paulo Dutra. O Valdir falava pouco até começar o Sete e meia. Quando tinha algo, o Valdir ligava e pedia para falar algo. Aí ele vinha, às vezes, falar. Aí foi criando um horário. Dentro do programa a gente chamava um dedo de prosa, depois virou dois dedos de prosa e aí virou o Sete e Meia”, conclui.
Fonte: Portal Educadora