A estimativa para a safra de verão foi revista de 22 milhões e 340 mil toneladas para 17 milhões e trezentas mil toneladas de grãos, uma redução de 23%.
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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná reavaliou os impactos causados pela estiagem que castigou o Estado desde o final do ano passado até meados de fevereiro e constatou um aumento dos prejuízos, principalmente nas lavouras de soja.
Com isso, a estimativa para a safra de verão foi revista de 22 milhões e 340 mil toneladas para 17 milhões e trezentas mil toneladas de grãos, uma redução de 23%.
Juntas, as principais culturas de verão, que são soja, milho e feijão da primeira safra, somam perdas de 5 milhões de toneladas.
De acordo com a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Deral, Departamento de Economia Rural, as lavouras de soja foram as mais prejudicadas, e respondem por 68% desse volume de perdas.
No total, o prejuízo financeiro foi de três bilhões e 290 milhões de reais. Mas, apesar da queda de produção, o levantamento de safra do Deral para este ano, divulgado nesta segunda-feira, aponta para uma safra total de grãos de 30 milhões e 570 mil toneladas de grãos, a quarta melhor da história do Estado.
Esse levantamento apresenta a primeira estimativa de produção para o trigo e a segunda para o milho safrinha, culturas que já estão sendo plantadas e que podem compensar em parte os prejuízos acumulados durante a safra de verão.
O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, lamentou os prejuízos causados aos agricultores e à economia do Estado e disse que o Governo do Estado vem implementando um pacote de medidas para amenizar parte dos prejuízos dos agricultores.
Segundo Margorete, entre as medidas está a liberação de 3 milhões e 600 mil reais para compra de sementes de milho para os agricultores familiares.
Para a segunda safra, de acordo com o Deral, a opção do produtor paranaense recai preferencialmente sobre o plantio do milho safrinha, que pode ocupar quase 2 milhões de hectares, a maior área já ocupada com a cultura nesse período do ano.
A produção de milho safrinha também deverá ser recorde, com 9 milhões e 600 mil toneladas. O desempenho das culturas está diretamente relacionado às condições climáticas daqui para frente.