O dia 25 de julho marca a celebração dos Colonos e Motoristas. No interior de Dois Vizinhos, serão realizadas as tradicionais Festas da Partilha. Os eventos reúnem agricultores de todas as comunidades para celebrar a data.

No São Pedro dos Poloneses, estarão reunidos representantes das comunidades de Linha Conrado, Nossa Senhora do Amparo, Marília, Boa Vista e Tártari. “É a 33ª edição da nossa festa. Como começou? Existiam reuniões individuais nas comunidades, dispersadas, aí a gente começou a fazer nos setores por causa de um panfleto da campanha da fraternidade. Os padres tiveram reunião em Beltrão e trouxeram essa ideia de termos a partilha. Naquela época, as famílias eram numerosas, tinham muitas dificuldades, muita gente não ia por não ter condições de comprar churrasco, refrigerante. Aí decidimos em fazer essa festa e aquelas pessoas que tinham mais condições levavam um pouco de comida para dividir com os que não tinham. Aí todo mundo poderia ir e não gastava um real”, disse Francisco da Silva, organizador da festa do São Pedro dos Poloneses.

A confraternização começa às 8h, com celebração religiosa às 10h, seguida de almoço e festa no período da tarde. “As comunidades esperam, ficam ansiosas, várias pessoas já estavam trabalhando no final de semana, fazendo as barracas, animados, se organizando. A missa vai ser bem encenada, é um dia bastante animado”, completa.

Ivanildo Mezzalira, coordenador do setor de São Luiz do Chopim, destacou que é a 29ª festa do que reúne também representantes do Jacutinga, Linha Benetti e Santa Terezinha. “No nosso setor cada comunidade que convida o pessoal de fora, é responsável por aumentar o almoço. Lá a comida é dividia por comunidade, sendo que o pessoal da Linha Benetti faz macarrão e polenta, o Jacutinga faz o risoto, o Santa Terezinha é responsável pela carne no tacho e o São Luiz do Chopim faz o galeto. Não temos bebidas à venda, cada um leva a sua. Às 10h teremos a missa também e depois a confraternização entre todos os participantes com almoço. Vivemos um momento de transição dos idosos para os mais novos e a ideia é manter de pé a festa do agricultor, não deixando morrer, não esquecendo essa tradição. Não importa se cai na segunda, terça ou quarta, sempre celebramos o Dia do Agricultor, é tudo partilhado, cada comunidade faz um tipo de prato, numa mesa só e a gente partilha”, explica.

Outro setor que também realiza as festas é o de Santa Lúcia, que reúne participantes do São Valentim e São Pedro. “Tem outras comunidades que fazem reuniões mais locais, entre os membros da comunidade”, conclui Francisco.

Fonte: Portal Educadora