Na noite de segunda-feira, 24, o Chaplin Centro de Eventos sediou um evento de lançamento do Plano Safra 2023/24 para cooperados de 21 agências do Paraná e Santa Catarina. Na ocasião, Luiz Veit, que é líder de produtos de crédito do Sicredi nacional falou sobre as novidades do plano que foi lançado no dia 1º de julho pelo Governo Federal. Até o dia 30 de junho do próximo ano segue esse ciclo do plano, onde os associados do Sicredi em todo o País têm R$ 60 bilhões em recursos para financiar a produção agrícola e pecuária. O valor é 16% maior que o disponibilizado em 2022/2023, com estimativa de realizar 375 mil operações.

O presidente da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, Eleutério Benin, mais conhecido como Téio, destacou que o objetivo foi esclarecer dúvidas dos produtores. “É uma satisfação estar aqui para, teoricamente, lançar nosso Plano Safra, trazendo algumas novidades e, principalmente, trazendo as pessoas certas pra tirar as dúvidas dos nossos associados. A gente teve muita mudança para esse ano, algumas incertezas, então nós conseguimos que viesse o responsável por recursos controlados e direcionados do Sicredi de Porto Alegre, Luiz Veit, que fez uma palestra. Também recebemos o pessoal do BRDE de Curitiba. Atualmente, na nossa carteira no Agro estamos investindo quase R$ 800 milhões. Essa é uma carteira que ela se oxigena e, todo ano, renova. Tivemos, no último ano, um incremento de mais de R$ 40 milhões em novas propostas, foram atendidas mais de 600 propostas novas de agricultores que vieram financiar com o Sicredi. Neste ano, a expectativa é de que recurso não será o problema para atender a demanda dos nossos associados e possíveis novos associados”, destacou.

Ele falou sobre algumas novas regras do plano. “A única incerteza é com relação às novas regras, principalmente, com o Pró-Agro, que deixa algumas limitações para alguns municípios da nossa região, onde os agricultores não podem fazer o Pró-Agro por já terem atingido uma cota deles e aí temos a questão do Seguro Rural que estamos numa discussão com as empresas para ver se abrem uma exceção para colocarmos esse seguro nas operações de custeio”, adiantou Téio.

Antes de solicitar o crédito, o produtor rural associado deve planejar a próxima safra, considerando o que vai plantar, qual a área de cultivo e o orçamento necessário com base na análise de solo e sob orientação técnica quanto ao uso dos insumos e os demais serviços que serão utilizados. Em seguida, é indicado que o associado procure sua agência.

O palestrante, Luiz Veit, deu mais detalhes do crédito do agronegócio oferecido pelo Sicredi. “Esperamos, em todo o Brasil, liberando R$ 60 bilhões, um crescimento bastante significativo do Sicredi apoiando aos produtores, colocando mais recursos em cada uma das linhas, com algumas novidades. O Pronaf tem algumas opções especiais, com taxas menores para a produção de alimento, o Pronampe que tem uma linha nova com uma taxa de 10,5% é uma outra possibilidade e também outras linhas pensando em armazenagem e investimentos que o Sicredi tem para oferecer colocando todo esse portfólio de operações. O Sicredi prima não só pelo crédito, mas também com o relacionamento próximo ao produtor, então aqui a gente reuniu muitos parceiros do agronegócio para mostrar a força que temos no agro e que estamos juntos para fazer ele acontecer na região”, explicou.

Luiz ressaltou que a cooperativa atende produtores de todos os tamanhos. “No Sicredi, nós entendemos localmente qual a necessidade e buscamos nos relacionar muito bem, independente do porte, pode ser um pequeno ou um grande produtor, a gente consegue se adaptar as condições de cada um e tem uma equipe muito especializada, que conhece muito bem para fazer esse atendimento também com relação as culturas que são bastante diferentes. Aqui na região tem uma diversificação muito boa em grãos e proteína animal”, disse.

O Plano Safra

O Governo Federal anunciou aporte de R$ 364,2 bilhões para o Plano Safra 2023/2024 para o financiamento da agricultura e pecuária empresarial no País. A quantia é 26,8% maior que a destinada no Plano Safra anterior, de R$ 287,1 bilhões. “A gente sentiu uma falta de confiança com a troca de governo, mas vimos que os volumes anunciados são suficientes. Não suficientes para atender toda a demanda, obviamente sempre tem um desejo de taxas ou alguma coisa que podem melhorar, mas de uma maneira geral, o que temos visto é uma disponibilidade de recursos bastante significativa, que fará que a gente consiga apoiar o produtor nessa safra tanto no custeio quanto em investimentos”, concluiu Veit.

Fonte: Portal Educadora