Sessenta famílias de agricultores sem-terra que vivem acampadas no município de Mangueirinha, na Região Centro-Sul do estado, começam a se abrigar nos próximos dias uma área de mais de mil e duzentos hectares, transferida na segunda-feira ao INCRA, a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, pelo Governo do Estado.

As famílias aguardavam há 13 anos a liberação da área, que estava em poder do estado. Segundo o assessor especial para Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, o Incra está realizando o desenvolvimento e a divisão dos lotes, e o mais breve possível acontecerá a liberação dos terrenos.

Segundo ele, a parceria com o governo do estado acelerou os trâmites do repasse da propriedade rural para o INCRA.

Hamilton Serighelli disse que no ano passado o governo federal aprovou uma emenda de 60 milhões de reais para serem investidos no desenvolvimento dos assentamentos no Paraná.

Para o prefeito em exercício de Mangueirinha, Edenilson Palauro, a medida é um esforço coletivo, para deixar as famílias mais felizes e possuírem uma melhor condição de vida.

O superintendente do Incra no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, classificou como um marco histórico o recebimento das matrículas. O primeiro passo depois do recebimento da matrícula será baixar a portaria de criação dos dois assentamentos.

O Projeto de Assentamento Anjo da Guarda I receberá em torno de 40 famílias e o Esperança Viva receberá 20 famílias.

Após o recebimento da documentação, serão criados os projetos de assentamento e a seleção das famílias. Depois de assentada, cada família tem direito ao Crédito Apoio Inicial no valor de três mil e duzentos reais para iniciar a produção.

Enquanto isso é realizado o Plano de Desenvolvimento do Assentamento, que definirá onde cada família deve morar e o tipo de atividade econômica mais adequada para a região.