Ele foi o sexto presidente da entidade que abrange produtores de toda a região.
Foto: Portal Educadora
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A Rádio Educadora segue recebendo, no Programa Sete e Meia, os presidentes da Sociedade Rural Vale do Iguaçu (SRVI) para um resgate histórico. No último dia 16 de setembro, o entrevistado foi Davi Luiz Chioca, o sexto a comandar a entidade. Durante a sua gestão, a grande novidade foi a realização, pela primeira vez, da Expovizinhos no Parque de Exposições. “Foi muito bonita, foi um sucesso. Investimos muito em obras, ficamos sem dinheiro, sem caixa para a exposição, mas foi o pontapé inicial da feira. Nós já estávamos em uns 40 sócios e todo mundo queria que a sociedade crescesse, se empenhava para dar certo, colaborava, trabalhava com amor na camisa, de forma voluntária. A gente corria bastante, ia para outras cidades, conhecer outras associações e Londrina foi um exemplo, nós copiamos muita coisa de lá. Hoje, conseguimos ter uma sociedade muito boa, sólida, com um fundo que garante o pagamento dos bezerros e é uma das melhores do Paraná. Quem vende aqui, recebe e assim todo mundo quer trazer o gado aqui”, lembra.
Antes de assumir a entidade, Davi já havia atuado em outros cargos na diretoria. “Fui presidente entre 2000 e 2002. Tive, como assessor, o Toninho Coletti. A Ana Coletti, filha do Toninho, foi nossa secretária muito eficiente. A nossa equipe foi muito boa, todos se empenhavam para que a sociedade crescesse. Antes de assumir a presidência, fui tesoureiro do Idalino Toscan e do Jamil Leal (em memória). Administrei R$ 152.488,00 recursos de fundo perdido que vieram através do (Antônio) Poloni, secretário estadual de agricultura na época. Com esse valor, fizemos muitas obras, entre elas, a caixa d’água do parque, um projeto muito bem feito, que nunca vai incomodar. Iniciamos a construção da Casa do Criador com 720 metros para receber autoridades e visitantes, onde funciona também o nosso restaurante. Através do deputado estadual Luis Fernandes Litro veio um recurso de R$ 50 mil que foi aplicado nessa obra. Em parceira com o Banco do Brasil e Banestado, conseguimos oferecer juros de 6% ao ano para financiamento de novilha por dois anos e bezerro por um ano. Quando começamos a parceria com a Pampa Remates, tínhamos poucos cadastros de compradores e quem nos auxiliava na consulta dos cadastros era o gerente do Banco do Brasil, assim saberíamos para quem dar crédito e entregar o gado”.
Ele exaltou a estrutura física da entidade. “O nosso recinto de leilões favorece o vendedor porque os bezerros ficam no alto, parecendo maiores, sendo que nos outros recintos eles ficam num buraco, parecendo menores. Toda a região quer trazer gado para vender aqui porque a pista de remate é boa, os preços são bons e tem a garantia da Sociedade Rural”, relatou. Sobre o momento da pecuária, ele pediu força aos produtores. “Estamos vivendo uma época difícil, mas temos que ser fortes e eu peço para os pecuaristas investirem em adubação na pastagem, melhorar os rebanhos, que essa fase ruim vai passar”. Davi ainda destacou a importância dos pecuaristas em participar de leilões. “É uma festa. Aprendemos muito. É o papo sobre o gado, sobre o pasto, sobre como está o plantel, é um aprendizado. Eu me espelho muito no falecido (Ervelino) Coletti que, quando ele levava gado, ele vendia o bom e comprava o ruim e sempre falava que era para ajudar a sociedade”, explicou.
De pai para filho
Atualmente, a SRVI é presidida por Davi Chioca Júnior, que foi elogiado pelo pai. “O Davi Júnior é um rapaz bem trabalhador, assumiu a SRVI, tá trabalhando bastante para a Expovizinhos e fico feliz de ter um filho que está seguindo meus passos. Eu fui presidente, ele está ali e eu espero que outros filhos sigam esse legado, essa sociedade, para seguir em boas mãos. Eu tenho muito orgulho da SRVI, assim como o Rotary Clube, que são um marco que tenho na minha vida”, conclui.
Fonte: Portal Educadora