Evento deve reunir cerca de 350 animais.
Foto: Portal Educadora
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A Sociedade Rural Vale do Iguaçu (SRVI) promove, no próximo domingo, 29, no Recinto Ervelino Coletti, o Leilão Extraordinário. A expectativa é a comercialização de 350 animais. Os compradores podem participar presencialmente ou pela internet (canais da EvoluêAG e da leiloeira Pampa Remates). “Esse evento é extraordinário porque já tivemos um leilão nesse mês. A perspectiva não é ser grande, queremos ter uns 350 animais porque, logo em seguida, temos os leilões da Expovizinhos (dias 19, 26 e 28 de novembro). Sempre temos os produtores que tem o animal e precisam desmamar, precisam tirar, vimos essa demanda e organizamos esse evento”, disse Itamar Boaretto, médico veterinário da SRVI, em entrevista para a Rádio Educadora. Ele falou sobre os trâmites necessários para comercializar os animais. “O produtor precisa ter na mente que, para participar, ele precisa ir até a Adapar, tirar a Guia de Trânsito Animal (GTA) que, sem esse documento, ele não consegue entrar no recinto de leilões. Aí ele vai para o parque, lá a gente confere os animais, vemos se está tudo ok, se estão com devida saúde conforme as normas da Adapar para daí ele ser pesado e ir para as mangueiras. São várias etapas, você tem que garantir, como médico veterinário, que o comprador vai adquirir um animal saudável. Temos todo um cuidado também com o bem-estar animal”, completou.
Preços melhorando...
O momento não é bom, entretanto, os preços estão vivendo uma tendência de aumento. “A expectativa de preço é dirigida pelo mercado. É a lei de oferta e procura. Em novembro e dezembro, que temos as festas, o consumo aumenta muito e vivemos a expectativa de alta de preços. Vamos ter essa melhora, com possível recuo nos três primeiros meses de 2024, mas com preço se mantendo devido ao ciclo pecuário, que entra na alta novamente, porque a tendência é de falta de animais. Não vamos voltar ao patamar de preços de 2020/21, mas agora começamos a pagar a conta. Eu comento com os meus amigos que o boi nunca tinha dado prejuízo e esse ano deu. As propriedades fecharam no vermelho. Se isso acontece por dois, três anos, quebra a produção de alimentos”, destaca Alexandre Pagnoncelli, tesoureiro da SRVI.
Itamar Boaretto relata que esse tem sido o pior momento para os produtores. “Eu me formei em 1987 e, para mim, o pior período de comercialização de gado é esse que estamos vivendo. Você sente, conversa com o produtor, que faz conta, faz conta, mas não dá lucro. Muita gente pensa que o boi é soltar no pasto e quando tiver pronto vender, mas não é assim que funciona. Você precisa de pessoal qualificado, sal mineral de qualidade, cerca bem feita para que os animais não fujam, limpar a pastagem para produzir, tem que ter adubação de pastagem, enfim, são muitas variáveis importantes e que tem custo alto”, conclui.
Garantia
Quem vender os animais nos leilões da SRVI tem a garantia de recebimento. “O vendedor traz o gado para vender e quem determina se a pessoa tem crédito para comprar a prazo na nossa entidade é a rural, não o dono do boi. Se a gente der o crédito e ele vender dentro das regras, o produtor nunca perde, sempre recebe. Em cada leilão, 1,2% arrecadado vai para o fundo. Além de ter vários compradores disputando o gado ao mesmo tempo, ele tem garantia de adimplência”, explica Alexandre.
Quem participa dos leilões da Sociedade Rural Vale do Iguaçu, comprando ou vendendo, concorre a um quadriculo 420 cilindradas da Honda, zero quilômetros, no valor de cerca de R$ 60 mil e mais dez Pix de R$ 3 mil. Os prêmios serão sorteados no último leilão do ano (dia 28 de novembro).
Fonte: Portal Educadora