Doações, menos de roupas, podem ser feitas no Cras Centro, na Avenida México.
Foto: Portal Educadora
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Durante participação no Educadora News da Rádio Educadora de segunda-feira, 6, a primeira dama e secretária de assistência social Cátia Bonin e a diretora de Assistência Social e Cidadania, Rosilei de Godois detalharam os trabalhos da pasta nos últimos dias diante das enchentes que assolaram as famílias duovizinhenses. Agora, um trabalho está sendo feito diante do grande volume de doações.
Rosilei explicou que as doações eram imediatamente eram repassadas as famílias atingidas pelas enchentes, tanto da cidade quanto do interior. “Tudo o que a gente recebeu, fomos distribuindo já de imediatovporque tinham muitas pessoas que logo conseguiram voltar para suas casas ou ir para casas de parentes, então entendemos que já era o momento de fornecer aqueles itens. Tudo está registrado, cadastrado. Foram muitas coisas distribuídas. Nesta segunda, a nossa equipe carregou tudo o que sobrou e vamos passar nas casas das famílias mais atingidas e as mais vulneráveis para concluir essa distribuição. A secretária Cátia passou também por muitas comunidades do interior, foram levadas doações. Naquele momento todas as famílias precisavam, independente de renda, então a gente considera famílias atingidas e não a renda. Todos que foram atingidos e não procuraram a Assistência Social, podem procurar. Abrimos o Cras Centro para continuar nesta semana fazendo este cadastro”, disse.
O volume de doações de roupas impressiona, mas as equipes tiveram que fazer uma seleção, já que algumas peças não tinham condições de uso. A secretária de assistência social Cátia Bonin explicou que todas as roupas serão selecionadas e distribuídas nas comunidades. “Foram muitas roupas, muitas mesmo. Algumas tivemos que descartar e já foram duas caçambas de descarte. Não colocamos limite para as pessoas que procuravam, já que algumas pessoas perderam tudo e não tínhamos como falar para levar só cinco ou seis peças, nós deixamos pegar a vontade. Agora vamos fazer mais uma seleção das peças que sobraram, vamos levar para a APMI e dar prioridade para as comunidades mais atingidas e de maior vulnerabilidade, chamando os presidentes de comunidades para levar as roupas, deixamos uma semana toda lá e aí as pessoas selecionam o que for preciso, isso queremos fazer em todo o município. Caso sobrem muitas roupas, vamos fazer uma pesquisa junto à comunidade porque foi a população que doou e vamos doar para outra cidade que foi muito atingida por enchentes que é União da Vitória. Assim como fomos ajudamos, também queremos ajudar”, disse Cátia.
TRABALHOS
A secretária detalhou que o primeiro foco dos servidores da pasta foi receber as famílias desabrigadas. “Começamos entrar em contato com toda a Administração através do secretário Geral, Nilton de Almeida e do secretário de Planejamento e coordenador da Defesa Civil, Valdemar da Silveira, colocando o Teodorico Guimarães para atender as famílias. Naquele momento ainda não tínhamos noção de quantas famílias tinham sido atingidas. Quando vimos que as enchentes isolaram parte da região sul com a norte, usamos também o pavilhão do Bairro Sagrada Família como alojamento”, explicou Cátia.
Rosilei explicou que já existe um planejamento da Assistência Social para casos de enchentes. “Já há um planejamento em situações de calamidade. Num primeiro momento é disponibilizar abrigos temporários para que as pessoas possam levar o que elas conseguirem salvar dos seus pertences e organizar um local seguro para que as famílias fiquem, com alimentação e água potável porque a gente não tem noção de quantos dias elas vão ficar ali. Depois, são desenvolvidas ações conforme a necessidade, mas o primeiro trabalho é socorrer essas famílias e é impressionante como a grande maioria dos servidores se mobilizou para isso, não é só a Assistência Social, são todas as secretarias que atenderam os que precisavam. O que foi o mais difícil desta vez foi a segunda enchente, quando começamos a se organizar para que as famílias voltassem para seus lares, distribuindo produtos de limpeza e higiene doados pela população e isso foi muito importante, ai surgiu o segundo alagamento, sofremos duplamente. Houve uma organização muito bem feita em parceria com outros departamentos da Prefeitura para registrar todas as doações, então tudo o que chegou tem registrado, todas as famílias atingidas temos cadastradas, tudo o que elas perderam, tudo o que levaram de doações, é um trabalho importante para dar o feedback para a população de como distribuímos isso mesmo diante daquele momento de caos”.
A secretária Cátia destacou o trabalho árduo de toda a equipe. “Ficamos no ginásio Teodorico desde sábado, dia 28/10, até na quinta-feira, dia 2/11, trabalhando 24 horas, era um cansaço muito grande físico e mental. A secretaria de Assistência Social trabalhou 72 horas. Quando estava tudo organizado para voltarmos as nossas casas, na sexta-feira, dia 3, outra enchente. Então, realocamos essas famílias e a equipe voltou para o ginásio atender os atingidos”, disse Cátia.
“Na primeira enchente foram 26 famílias que procuraram o ginásio e 13 que procuraram o pavilhão do bairro Sagrada Família. Depois, quando a água foi baixando, as pessoas foram voltando para suas casas. No segundo episódio, menos casas foram atingidas, foram poucas famílias que ficaram uma noite no ginásio e no dia seguinte já voltaram para suas casas”, explicou Rosilei.
DOAÇÕES
Quem ainda quiser ajudar, pode doar no Cras Centro. “O Cras Centro, na Avenida México, está aberto para atender as questões da enchente nesta semana ainda e quem quiser doar, pode ir até lá. Pedimos que as pessoas não levem mais roupas, é um item que já tem, mas cestas básicas ou qualquer alimento dentro da validade ainda é possível e o que as famílias mais precisam, que são produtos de higiene e limpeza. Quem quiser doar, foque naquilo que as pessoas precisam”, finalizou Rosilei.
Fonte: Portal Educadora