Estudos prévios, para minimizar as enchentes, estimam custo de R$ 30 milhões

Um lago de contenção e novas pontes precisariam ser construídas no município

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  • 09 de Novembro de 2023
  • Foto: Arquivo/Portal Educadora

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Na última quarta-feira, 8, o secretário de viação e obras, Edimarcos ‘Chicão’ Dallagnol, participou do Programa Sete e Meia da Rádio Educadora. Ele falou sobre o andamento dos trabalhos pós-enchentes em Dois Vizinhos e as ações necessárias para minimizar problemas. “Recebemos, juntamente com o prefeito Carlinhos Turatto (PP), o prefeito Cleber Fontana (PSDB), de Beltrão, que nos passou o número do engenheiro Ricardo que fez o projeto para conter os alagamentos lá e, no sábado, 4, já recebemos ele aqui e passamos pelas galerias, nos bairros até a Fazenda Mazurana. Aqui temos a particularidade que vem muita água do interior e, às vezes, parava de chover na cidade e a água do interior chegava e começava a aumentar o nível dos rios. Ali do lado do Colégio Leonardo da Vinci, ele disse: aqui nem precisa de projeto, pode arrebentar tudo e fazer uma ponte. Temos 21 galerias que atravessam a cidade e isso acaba represando água. Também fomos para Curitiba, juntamente com o prefeito e o secretário Valdemar, sem agenda, mas o Litro conseguiu reuniões de urgência e pedimos três pontes nas ruas Rua Salgado Filho e José de Alencar (próximo ao Leonardo) e Dedi Barichello, que é onde entra o Rio para a cidade e nunca alagava, mas acabou sendo afetado. Nós pedimos, para essas três pontes, R$ 4 milhões. Talvez seja pouco, mas já ajuda. Também pensamos em um lago de contenção, visando resolver o problema do Sagrada Família, com investimento estimado de R$ 10 milhões. Pedimos 170 vigas no DER para refazer as pontes no interior, um pedido na Sanepar para readequar as redes de água e esgoto que passam embaixo das pontes. É difícil mensurar, mas para praticamente resolver o problema do Sagrada Família o custo passa de R$ 30 milhões”, disse.

Prejuízos

Ele falou sobre os problemas causados pelas cheias. “No interior, foram de 15 a 18 pontes que caíram. Inicialmente contabilizamos 10, 12 e agora apareceu mais. Fizemos projetos, protocolamos no Governo do Estado, mas temos toda uma burocracia e não vamos deixar as pessoas sem acesso, vamos dar continuidade na recuperação. Temos bueiros, asfalto na cidade. Os problemas imediatos são referentes a uns 180, 200 quilômetros de estradas que estragou dos 850 quilômetros de estrada de chão que temos no município. É difícil ter um prazo, mas se o tempo colaborar, em questão de seis, sete meses a gente vai ter tudo resolvido. A gente vai fazer um tapa-buraco, pedimos a compreensão, depois a gente faz um serviço mais completo”, completa.

Chicão disse nunca ter vivenciado enchente semelhante. “Eu sou morador do Sagrada Família e lembro de uma chuva, em 1993 ou 1996, que chegou na metade da quadra da Rio Grande do Sul, entre a Iguaçu e a Capanema, e foi até próximo ao Monteiro Lobato. Na segunda e na terça era cena de filme de terror, foram mais de 500 cargas de móveis que foram jogados fora. O nosso sentimento era de querer ajudar e não ter o que fazer. Você se vê no meio d’água, tirando pessoas, agindo por instinto, sem pensar em nada. Faz 22 anos que eu trabalho na Viação e Obras e nunca chegou água, dessa vez entrou. Ainda não temos uma contabilização, mas vamos ter alguns prejuízos nas máquinas e estamos resolvendo”, conclui.

Fonte: Portal Educadora