Ele foi professor de educação física, diretor do Colégio Estadual de Dois Vizinhos e chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE-DV).
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No final de outubro, o professor Nilson Silvestro deixou as salas de aula depois de 40 anos como professor do Estado do Paraná. Ele participou, recentemente, do Programa Sete e Meia, na Educadora FM, onde lembrou um pouco da sua história. “Essa minha fala não tem sentimento de terminalidade. Quem me conhece sabe que eu falo que a vida é cíclica e eu estou encerrando um ciclo, que foi importante, acertei coisas, errei outras, mas levo boas recordações, mas ainda tenho muitas coisas para fazer na vida”, disse o professor.
Ele fez agradecimentos. “É necessário fazer uma avaliação e ter alguns olhares. O primeiro é para o passado, não esquecendo as raízes, a origem, os princípios, valores, da forma que vivemos durante todo esse tempo. Temos que aprender com os erros e comemorar os acertos. A segunda direção que a gente deve olhar é para os lados, porque depois de uma caminhada dessas é importante saber quem caminhou conosco. Primeiramente, agradecer a vida, o Seu Pedro (em memória) e a Dona Inês, com 93 anos, mulher guerreira, muito sábia, quase analfabeta, mas que sabe muito da vida. Tenho que fazer referência as três mulheres da minha vida, a Marisa, minha esposa, que esteve comigo nos momentos bons e ruins, a Laurinha, minha filha que também caminha na docência e a Bruninha (em memória) que hoje é uma luz que nos ilumina, nos dá alento e traz força para seguirmos na caminhada. Tem muitas outras pessoas, não vou citar nome, mas muita gente me apoiou, caminhou comigo, acreditaram nos sonhos, olharam para a mesma direção e fazer os enfrentamentos que a vida nos trouxe. O terceiro olhar é para a frente, um ciclo se encerra, começa outro, e aí enxergamos muitos horizontes, novos planos, projetos de vida, perspectivas, a vida está para ser desfrutada, desvendada.”
Começo como treinador de vôlei...
Nilson chegou ao município para trabalhar como treinador de vôlei na prefeitura. “Eu era recém-formado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tinha um irmão que morava aqui, hoje ele voltou para o Rio Grande do Sul e na prefeitura tínhamos o Valmir Spiassi que comentou com meu irmão que um grupo de meninas treinava voleibol por conta, no Jirauzão e havia feito uma visita ao prefeito Dedi Barrichelo Montagner pedindo a contratação de um professor. Meu irmão me ligou, eu vim, fiz a entrevista e fiquei. Vim para trabalhar na prefeitura, depois eu trabalhei no Regina Mundi/Coopermundi, uma passagem muito interessante, onde trabalhei com a pré-escola. Foi fantástico. Trabalhei também na Unisep, fui docente do curso de educação física, fui chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) por duas vezes (nas gestões de Jaime Lerner e Ratinho Júnior) e meu chão, minha casa, é o Colégio Estadual de Dois Vizinhos que, quando vim para cá, passei no concurso, assumi e passei todo esse tempo junto ao CEDV, onde construí, vivi muitas histórias e agora encerro esse ciclo esperando ter podido acrescentar alguma coisa na vida das pessoas. Saio com muitas dúvidas e algumas certezas. Será que eu podia ter avançado mais, arriscado mais, ter feito outras coisas, buscado outros caminhos? A certeza absoluta é que eu muito mais aprendi do que ensinei nesse tempo”, completa.
Candidato a prefeito
Nilson também falou sobre a sua candidatura a prefeito em 2020. “Foi muito inusitada, mas bastante significativa. Perdi amigos, ganhei outros amigos e acrescentou muito a minha caminhada. Estou aberto, olho para a frente e quando o ser humano não tem mais projetos é a hora de partir. Eu sou muito intenso, acredito que seja hiperativo e vou continuar lutando pela educação, pelo município de Dois Vizinhos, quero dedicar meu tempo para trabalhos sociais, acredito que depois de tudo que eu ganhei de Deus preciso ajudar, quero cuidar das coisas de casa e outras situações que acontecem naturalmente”, completou.
Ele elogiou a juventude e exaltou a importância da educação. “A educação é a base de tudo. Temos que lutar sempre por melhores condições. Eu acredito na nossa juventude, mesmo tendo muita gente negativa com relação a esse. Essa nova geração é muito bacana, não tem preconceito de nada, são abertas as possibilidades e lidam muito bem com tecnologias. Hoje, eu vejo que o ato de ser educador, com uma única responsabilidade, de despertar curiosidade dos jovens. Como fazer isso? Tem que ser pensado, para eles buscar as informações e novas possibilidades”, conclui.
Fonte: Portal Educadora