O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e cortou a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 9,75% ao ano.
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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e cortou a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 9,75% ao ano. Com isso, elevou o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual.
A última vez que o Copom havia reduzido a Selic a um dígito foi em abril de 2010, quando ela foi para 9,50%.
O BC deixou claro, na ata da sua última reunião do Copom, em janeiro, que queria buscar uma Selic de um dígito. Naquele momento o Copom informou que "atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito".
Na decisão de agora, a autoridade monetária retirou do comunicado a expressão "ajuste moderado" na Selic, adotada nos últimos meses. O passo mais acelerado do BC agora busca estimular a atividade.
A redução da taxa Selic beneficia o consumidor que depende de financiamentos, o empresário que pode investir e gerar empregos, bem como o trabalhador, a atividade produtiva em geral e o crescimento sustentável da economia.
Para o investidor, no entanto, o cenário com juros menores não é o melhor, já que o aumento da rentabilidade, nesse caso, está diretamente associado a juros maiores.
Para os banqueiros, juros mais altos também são mais interessantes, porque eles ganham com títulos públicos na rolagem da dívida imobiliária e contratam empréstimos externos, a juros baixos, para internalizá-los e ganhar a taxa Selic, que continua a taxa nominal mais alta do mundo.