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Entre 2017 e 2023, cesta básica aumentou 79% em Dois Vizinhos

Em valores nominais, o valor individual subiu de R$ 322,84 em novembro de 2017 para R$ 578,93 em novembro de 2023.

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  • 14 de Dezembro de 2023
  • Foto: Arquivo/Portal Educadora

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Os valores da cesta básica em Dois Vizinhos variaram 79% entre os meses de novembro de 2017 e novembro de 2023. No mesmo período, o reajuste salarial foi de 41% enquanto a inflação oficial, medida pelo IPCA, foi de 32,03%. Os dados constam na pesquisa mensal que é elaborada pelo professor Sérgio Luiz Kuhn das áreas de economia e administração da UTFPR de Dois Vizinhos. “Os principais vilões do preço no período foram a batata que teve um aumento, nesse período, de 270%, o tomate subiu 438%, enquanto o pacote de cinco quilos de arroz ficou 24% mais caro, o pacote de cinco quilos de farinha está 91% mais caro e o leite 64% mais caro. A gente faz o levantamento há mais de sete anos em Dois Vizinhos. Sempre comparamos com resultados de Beltrão e Pato Branco, sendo que Dois Vizinhos foi a mais cara em 46 meses, Beltrão a mais cara em 29 meses e Pato Branco em sete meses nesse período. Comparada com as capitais, já que seguimos a metodologia do Dieese na pesquisa, nossa cesta é 30%, 40% mais barata”, explicou o professor Sérgio Kuhn em participação no Programa Sete e Meia.

Ele destacou o que influencia nos preços. “Os preços são gradativos, mas depende muito do momento econômico, dos aspectos da produção, dos mercados, temos influências externas e internas e sentimos os reflexos no cotidiano. O salário subiu 41% em sete anos, mas se olharmos outros produtos que foram feitos levantamentos para comparar, os remédios, mais utilizados no consumo humano, tiveram alta de 95%, os remédios para os animais subiram cerca de 56%, sabonetes, detergentes, materiais de limpeza tiveram uma alta de 64%, a coca cola aumentou 56%, a cerveja foi um pouco menos, a garrafa de 600 ml, subiu cerca de 45% no período. Se olharmos os índices oficiais do governo e comparar com os reajustes dos outros setores de economia, a perda do poder de compra foi de 30% a 60%”, resumiu.

O que fazer?

O professor deu dicas para as famílias. “A solução é, cada um, ter seu planejamento financeiro, listar prioridades e, se puder, poupar. A gente sabe que a economia no ponto ótimo é quando a população tem renda, dinheiro e consegue fazer com que haja consumo, poupança, investimento e produção. Hoje, muitas famílias precisam fazer acrobacia. O Dieese defende que o salário para família, casal e dois filhos, seja na faixa de R$ 6 mil para ter uma vida digna. As famílias precisam fazer milagres, consumindo somente o essencial”, conclui.

Fonte: Portal Educadora