Paranaense de 28 anos entrou para o rol dos bicampeões da principal categoria do automobilismo brasileiro neste domingo.
Foto: Victor Eleutério/Stock Car
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Em um domingo quente e de muitas emoções, Gabriel Casagrande confirmou a conquista do bicampeonato na Stock Car Pro Series. Pela segunda vez em três temporadas, o paranaense nascido em Francisco Beltrão atinge o Olimpo do esporte a motor nacional e novamente com uma trajetória que aliou grande performance e muita regularidade. Em casamento muito bem-sucedido com a equipe liderada por Mauro Vogel e Andreas Mattheis, o piloto de 28 anos agora é o mais novo integrante de um clube formado também por Giuliano Losacco e Rubens Barrichello, todos bicampeões da Stock Car.
Casagrande saiu do carro bastante exausto em razão do natural cansaço e do forte calor que fez na Zona Sul de São Paulo. A última etapa do campeonato para o agora bicampeão foi marcada por uma disputa bastante aguerrida com Rafael Suzuki (Pole Motorsport) na última volta da Corrida 1, para terminar em terceiro, enquanto seu principal concorrente, Daniel Serra, foi o quinto. Na segunda prova, foi conservador ao extremo para fugir das confusões, terminou em 21º, enquanto Daniel ficou longe do resultado necessário para ser campeão — era preciso vencer a prova — e terminou em 12º.
“Estou morto [risos]”, disse o novo bicampeão. “Tenho de agradecer a Deus pelo dom da vida e por ter me dado oportunidade e a capacidade de estar aqui mais uma vez fazendo isso. Amo minha família, que sempre me aguenta quando estou bravo em casa sem corridas... Agradeço aos meus patrocinadores, que fazem isso acontecer, a todos os que estão torcendo em casa. Toda a energia é muito bem-vinda. Somos bicampeões e vamos por mais”, vibrou Casagrande.
“Tentei definir na primeira corrida, cheguei até a assumir a liderança, mas o carro não aguentou até o fim. E na segunda prova sabia que tinha de marcar o Daniel. Ele teria de fazer 21 pontos. No fim das contas, é um alívio muito grande conquistar o título depois do que aconteceu ano passado. Agradeço demais ao ‘seu Mauro [Vogel], a todo o time de engenheiros e mecânicos, a todos os meus parceiros. Se estou aqui é por eles, que acreditam no nosso projeto e no nosso trabalho. Graças a Deus, deu tudo certo”, complementou.
“Estava muito mais nervoso [no primeiro título]. Dessa vez fiquei nervoso, óbvio, mas consegui controlar muito bem. Tenho de agradecer a todo mundo que trabalha comigo no preparo físico e mental. Sempre há uma cobrança interna, é natural, mas dessa vez consegui disfarçar bem o nervosismo, não afetou em nada a pilotagem. E a sensação, ah, essa é maravilhosa. O primeiro é muito especial, o segundo é uma continuação desse sucesso que atingimos. E não vamos parar por aqui”, acrescentou Gabriel.
O caminho rumo ao título de Casagrande em 2023 foi construído por três vitórias, duas poles, sete pódios, duas voltas mais rápidas e 14 presenças no grupo dos dez primeiros em uma temporada extremamente competitiva e equilibrada. Gabriel marcou um total de 308 pontos, enquanto o vice-campeão Daniel Serra (Eurofarma RC) terminou a temporada com 296. Ricardo Zonta (RCM Motorsport), vencedor da Corrida 1 deste domingo, fechou o ano em terceiro, com 280, mesma pontuação que Thiago Camilo (Ipiranga Racing), mas na frente pelo critério de desempate (maior número de vitórias). Felipe Fraga, da Blau Motorsport, concluiu o campeonato em quinto, com 265.
Ter um vice-campeão como Daniel Serra, um dos pilotos mais completos do Brasil, acaba por valorizar ainda mais a conquista de Casagrande. O tricampeão Serra ressaltou a união com a Eurofarma RC, lembrando as conquistas alcançadas de 2017 em diante.
“Estamos há sete anos juntos: sete anos lutando pelo campeonato. Fomos três vezes vice-campeões, três vezes campeões e uma vez terceiros colocados. Não perdemos o campeonato hoje, mas sim durante a temporada. Chegou um momento em que achamos que nem iríamos brigar mais pelo título, então, por esse motivo, temos de comemorar esse vice-campeonato”, afirmou o paulista de 39 anos.
E ainda que Serrinha tenha adiado o sonho do tetracampeonato para 2024, a Eurofarma RC teve muitos motivos para comemorar. A equipe liderada por Rosinei Campos, o ‘Meinha’, conquistou o título de campeã da Stock Car por equipes pela 12ª vez graças aos 497 pontos somados pela dupla de tricampeões Serra e Ricardo Maurício. A Ipiranga Racing, representada na pista por Thiago Camilo e César Ramos, foi a vice-campeã, com 470.
Quem também teve motivos para comemorar foi Felipe Massa, que venceu uma prova da rodada dupla pela segunda etapa consecutiva. O piloto da Lubrax Podium Stock Car Team liderou um top-3 da Corrida 2 que teve dois campeões na sequência: Marcos Gomes, em segundo, e Rubens Barrichello, na terceira posição.
Fonte: Assessoria