Paulo Romani relembra programa de auditório Domingo na Querência

Por oito anos ele apresentou o programa na Rádio Educadora juntamente com Adão Godoy.

Image
  • 21 de Fevereiro de 2024
  • Foto: Portal Educadora

  • 726

O pioneiro Paulo Nicanor Romani, de 74 anos, participou do Programa Sete e Meia da última segunda-feira, 19, relembrando um pouco da sua história. Entre os fatos marcantes que foram tratados na entrevista, ele destacou o seu amor pelo rádio. “Eu sempre amei e admirei a comunicação e as notícias dadas pelas ondas do rádio. Antes de chegar em Dois Vizinhos, eu vivia com um casal de tios, o Laurindo e Maria Parizotto, na Fazenda Mazurana e compramos o primeiro rádio movido à pilha. Durante o dia, eu não podia ouvir muito porque tinha que trabalhar, mas no período da noite eu sempre escutava a Rádio Nacional, a Rádio Gaúcha, a Farroupilha e torcia muito para que chegasse uma emissora em Dois Vizinhos. Eu lembro que participei de algumas campanhas, uma torcida pra concretizar a vinda da Educadora e, quando aconteceu, eu tinha curiosidade de ouvir as primeiras reportagens, recados, músicas e sempre pensava se um dia eu ia poder pegar o microfone e falar um pouco. Isso acho que vem de sangue, da alma, de berço, não tem explicação. Lembro quando eu fui falar pela primeira vez, minhas mãos e minhas pernas tremiam. Ai eu falei, comecei a me ouvir e me deu coragem para falar”, destacou.

Paulo relembrou do programa de auditório Domingo na Querência, que foi apresentado por oito anos na Rádio Educadora. “A ideia sempre foi ter um programa ao vivo, com músicas ao vivo, recados, poesias, trovas e etc. Criamos e ficamos com essa parceria do Adão Godoy, meu amigo. O programa Domingo na Querência foi um grande programa da Rádio Educadora. Nós, quando o CTG saiu da cidade, ficamos com dificuldades de espaço e levamos ele para o interior. Tivemos muitos auxílios técnicos, eu lembro do Airton Basso nos ajudando, e, por dois anos, ficávamos indo nas comunidades vizinhas para apresentar o programa. Se a gente chegasse e desse algum problema de não ter telefone, nós gravávamos com o auditório, a plateia e ia no ar aqui no domingo seguinte. Era muito bonito. O ponto alto eram as trovas, um sucesso total. A comunidade esperava a gente como se estivesse chegando o presidente da república”, completa.

Vida pública

Além de trabalhar no rádio, Romani foi empresário em diversos ramos (gás, bebidas, materiais de construção) e diretor de indústria e comércio. “Fui convidado pelo nosso ex-prefeito Olivindo Cassol para atuar como diretor de indústria e comércio e fiquei muito surpreso e motivado. Fiquei um ano e meio e tive total autonomia para tomar decisões e inciativas necessárias. Conseguimos abrir o parque industrial I, na saída para Francisco Beltrão, porque tínhamos ali um terreno adquirido pelo saudoso José Ramuski Júnior, de 15 alqueires, que estava ocioso e ninguém tinha coragem de dar o pontapé inicial. Estava uma capoeira e o povo dizia que não tinha luz suficiente para abrigar empresas, buscamos levar luz, não tinha água, levamos água e, em um ano e meio, deixamos tudo pronto e 30 empresas inscritas para participar. Hoje, não tem mais lugar naquele parque, que já gera 2 mil empregos. Outro trabalho grande que tive a honra de assumir foi o Parque de Exposições. Estava tudo sendo projetado para que o parque fosse instalado onde está atualmente o CTG, que, inclusive, seria um parceiro. O CTG foi na frente, alteraram-se as decisões e o parque veio para esse espaço atual”, conclui.

Fonte: Portal Educadora