Decisão foi tomada para facilitar os procedimentos e protocolos de atendimentos já que o município vive situação de epidemia da doença.
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Vivendo situação de epidemia e com mais de 1 mil casos confirmados de dengue, a secretaria de saúde de Dois Vizinhos definiu que, a partir desta quinta-feira, 22, os casos suspeitos da doença serão todos atendidos na UPA Janino Mattos Hablich. Para tanto, a estrutura no local está sendo ampliada com maior número de médicos, enfermeiros e técnicos. “Alertamos a população que, se tiver um ou mais sintomas da dengue (dor de cabeça, febre, dor no corpo, manchas, coceira) busque a UPA. A equipe vai ser reforçada para atender a população”, disse Claudete Meurer, secretária de saúde. Ela ressaltou que não estão mais sendo feitos exames para diagnosticar a doença. “Por estarmos em epidemia, não se faz mais exames, buscamos tratar, imediatamente, os sintomas, como preconiza o Ministério da Saúde”, completou.
O médico Dr. Jonata Tiago de Lima destacou que o grande número de pacientes já dificulta o atendimento. “Nos últimos dias, estamos sempre com as unidades cheias e, para desafogarmos as unidades básicas, as pessoas com suspeitas de dengue devem ir direto para a UPA receber o tratamento e as orientações, além dos controles. Classificamos a dengue como A, B, C e D e o que estiver com a B, já deve ter acompanhamento diário, por isso, é melhor termos esse cuidado e estarmos com o atendimento centralizado. Por sorte, a maioria dos casos não são graves, mas para evitar qualquer complicação, medicações anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, que são os casos dos anti-inflamatórios, são contraindicados. Seja o diclofenaco, ibuprofeno, o doril, torsilax, dorflex, esse tipo de medicação não pode ser tomado por pacientes com suspeita ou com dengue porque pode piorar o quadro. Se você tiver com sintomas, basta procurar a UPA para receber o atendimento e o tratamento”, explicou.
Problema de todos
O prefeito Carlinhos Turatto (PP) puxou a orelha da população. “Estamos montando, mais uma vez, praticamente, um hospital de campanha. Vamos tirar salas administrativas da UPA e agora, de uma forma mais objetiva, focar no atendimento e um suporte maior para a dengue. Passamos de 1 mil casos e a responsabilidade não é da saúde, do prefeito, é praticamente um problema da cultura de um povo que não cuida do seu lixo. Teremos várias frentes de trabalho, com limpeza de lotes e a cobrança vai ser lançada no IPTU. Vamos endurecer as medidas porque estamos tendo dificuldades e tudo envolve dinheiro, custo, e, mais uma vez, a equipe da saúde vai ter que trabalhar incansavelmente por causa da irresponsabilidade de muitos”, lamentou.
Fonte: Portal Educadora