Pioneiro Antônio Alff relembra primeiros passos da Sadia em DV

Ele chegou no município em 1980 para trabalhar na empresa e vivenciou todo o trabalho de início dos abates.

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  • 28 de Fevereiro de 2024
  • Foto: Reprodução YouTube

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Na última terça-feira, 27, o pioneiro de Dois Vizinhos, Antônio Alff, foi o convidado do Programa Sete e Meia na Rádio Educadora FM. Na ocasião, ele lembrou a sua história no município, que começou em 1980. “A minha primeira memória é de uma cidade pequena, pacata. Eu lembro que cheguei aqui no período da manhã e fui direto na Sadia. Confesso que fiquei um pouco assustado porque eu vim de Toledo, já tinha morado em Cascavel, que eram cidades com uma estrutura melhor, mas o povo foi muito acolhedor, eu gostei muito e acabei vindo para cá. A unidade de Dois Vizinhos começou no final da década de 70, com o abatedouro iniciando a operação no ano de 80 e eu cheguei para participar das instalações da unidade fabril – quando eu cheguei tinha apenas a fábrica de rações. Naquela época, a Sadia era um canteiro de obras, uma ‘confusão’ enorme. Tínhamos cronogramas, datas para início de abate que era setembro, mas conseguimos iniciar somente em novembro porque era uma época de muita carência de infraestrutura. Naquele tempo, não conseguíamos adquirir algo equipamentos ou implementos para máquinas na cidade e isso gerava dificuldades”, disse.

Atualmente, Alff atua como empresário (é sócio da Marquinhos Auto Peças) e fala com orgulho do período na Sadia. “Eu comecei na Sadia em 1969, em Toledo e, em 1980, quando vim para cá, o Júlio César Cavasin, que era o chefe do departamento de área técnica, me apelidou de velho e eu tinha apenas 28 anos. Mas por que? Porque eu era o mais velho na Sadia e vinha de outras unidades. No início, a fábrica era bastante simples, rudimentar. Com o passar dos anos, ela foi evoluindo, sendo automatizada e hoje, quando eu falava da dificuldade de se conseguir as coisas, hoje temos empresas referência internacional para produzir equipamentos para abatedouros em Dois Vizinhos. Eu tenho orgulho muito grande de ter vivido na Sadia/BRF por 31 anos. Grande parte do que eu sou devo a empresa e também várias pessoas que ali passaram contribuíram muito com o crescimento de Dois Vizinhos”, completou.

Ele elogiou a equipe envolvida no início das operações da Sadia em Dois Vizinhos. “Eu passo seguidamente na frente da BRF e, algumas vezes, me passa um filme relembrando coisas, dificuldades, momentos de alegria com as pessoas e muitas lembranças boas. A equipe vestia a camisa, era comprometida”.

São Francisco Xavier

Alff é um dos primeiros moradores do Bairro São Francisco Xavier. “Naquele tempo ainda era Loteamento Marquiza. Começamos a dar os primeiros passos, em comunidade, no ano de 1986. Nos reuníamos para rezar o terço embaixo de algumas árvores. Depois, compramos um terreninho, como comunidade, ganhamos uma escola na região e a comunidade foi desenvolvendo. Participei, em várias oportunidades, como membro da diretoria da comunidade e vimos aquilo crescer. Nada acontece por acaso, tudo exige esforço, dedicação e superação. Tivemos uma comunidade muito unida, construído com doações de todos os valores querendo ver acontecer. Aquela comunidade praticamente não ganhou nada, fez tudo com sua força. Hoje o bairro tá muito bonito, tem muito prestígio, é muito legal”, acrescenta. Temente a Deus, Alff é casado com Ladi e tem três filhos: Franciele, Alex e Francilvio. “Todos nós temos princípios e o meu é de valorizar a família. Eu acho isso muito importante. Eu também sou um cidadão temente a Deus, que a gente deve buscar servir o Senhor e não estamos aqui por acaso”, conclui.

Fonte: Portal Educadora