NRE vive a semana D de mobilização pela frequência escolar

Campanha, neste ano, tem o apoio da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (ACEDV/CDL).

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  • 09 de Abril de 2024
  • Foto: Portal Educadora

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Iniciou na segunda-feira, 8, e segue até a próxima sexta-feira, 12, a ‘Semana D’ de mobilização pela frequência escolar. Em Dois Vizinhos, o Núcleo Regional de Educação (NRE) está com uma série de ações para alertar a comunidade sobre os malefícios dos alunos estarem distantes das escolas. “Temos um trabalho desenvolvido, encaminhado em todos os municípios abrangidos pelo NRE e, em 2024, agregamos uma força maior que é a Associação Empresarial de Dois Vizinhos (ACEDV/CDL) porque queremos nossos meninos, meninas, adolescentes na escola. Pensamos na aprendizagem, no desenvolvimento integral, realização dos sonhos futuros, aprimoramento, formação para o mercado de trabalho e, por isso, trouxemos a entidade empresarial que nos atendeu prontamente. Também chamamos os vereadores para nos apoiar e solicitamos engajamento de todos. A educação é um direito da criança e adolescente e queremos garantir, através desse trabalho, que todos tenham esse acesso. Nossa prioridade é tirar as crianças das ruas, garantir direitos prioritários e, através de tudo isso, desenvolver para um futuro melhor. Parece um clichê falar que precisamos estudar para ter um futuro melhor, mas é a realidade. Chuva, preguiça, passar a noite no celular não podem ser motivos para ficar em casa e precisamos de todos nessa luta”, disse Andreia Lorenzi, técnica de educação e direitos humanos do NRE-DV que é responsável frequência escolar.

Josiane Grando, presidente da ACEDV/CDL, falou sobre a parceria com o NRE-DV. “Além de representar a classe empresarial nas frentes que envolvem produtos, serviços, capacitações, temos o dever moral de desenvolvimento local e também de desenvolver novos líderes e profissionais. Esses serão os profissionais que vão cuidar dos nossos negócios no futuro e temos que inspirá-los. Quando fomos procurados, prontamente eu atendi porque temos vivido um pós-pandemia com muitas dificuldades, de retornar as crianças, os jovens para o verdadeiro propósito. Hoje temos profissionais de diversas áreas dentro da nossa entidade que estão à disposição para desenvolver projetos dentro das escolas. Não foi construído nada concreto ainda, ontem tivemos reunião com diretores e supermercados, mas já começamos a ter diálogo, num primeiro movimento”, destacou.

Faltas em alta...

A média de faltas nos sete municípios atendidos pelo NRE é de 10%. “A primeira coisa que faço no trabalho é acessar o sistema para entender a frequência escolar. Temos ferramentas bem modernas para isso. Hoje, por exemplo, tive uma surpresa bem desafiadora que ontem, 8, nós tivemos 18% de alunos fora das salas de aula (de um total de 7.420 matrículas). Vale ressaltar que choveu. Até a semana nove, estávamos, no NRE de DV, com uma frequência em 90%. Monitoramos, via sistema, também os atestados médicos e queremos uma frequência superior a 95%. Estamos descendo uma escada. Quando olhamos os dados, da primeira semana até agora, estamos só caindo”, lamentou Andreia.

A família pode ser responsabilizada pelas faltas de menores de idade na escola. “A primeira busca é pela escola, que faz contato com a família, visitas domiciliares em alguns casos e, se não tivermos retorno, tudo é encaminhado para o conselho tutelar, que faz visitas, aciona as famílias e elas acabam tendo prazos para cumprir. Aí caso não aconteça nada, são feitas buscas novamente pela escola, vai para o conselho novamente, que busca mais uma vez solucionar. Temos algumas pesquisas que apontam os motivos para a infrequência e os que mais são apresentados são desinteresse e desmotivação. O jovem diz não ter perspectiva e muito acham os empregos que estão bons”, completou a técnica.

Fonte: Portal Educadora