Dona Armênia, a duovizinhense que está completando 116 anos de vida

Dona Armênia, a duovizinhense que está completando 116 anos de vida

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  • 15 de Maio de 2024
  • Repórter Islan Roque

  • 1921

Nascida no ano de 1908, em Salinas-MG, Armênia Maria de Jesus, está comemorando nesta quarta-feira, 15 de maio, 116 anos de vida.

Cansados com avida difícil, no interior de Minas Gerais, no ano de 1961, Dona Armênia, juntamente com os nove filhos, acompanharam o marido que em busca de uma vida melhor para a família, saiu lá do Vale do Jequitinhonha, com destino ao Paraná. Foram oito dias de viagem encima de um caminhão e dentro de um trem, até chegarem na cidade de Campo Mourão-PR.

Depois de sete anos morando em Campo Mourão, a família se mudou para a região, onde hoje é localizado o município de Dois Vizinhos, que naquela época era apenas um recém-nascido. Pouco tempo depois, Dona Armênia viria a perder o seu marido. Viúva e com nove filhos para criar, a mulher seguiu firme na sua jornada de mãe, se dedicando inteiramente aos filhos. Segundo a Dona Armênia, o homem que Deus deu a ela, foi aquele que ele mesmo levou. Com esse pensamento, mesmo passando por muitas dificuldades, ela preferiu cuidar dos filhos sozinha e nunca mais quis arrumar um outro companheiro.

Hoje, já bem debilitada e com dificuldades para se comunicar e locomover, Dona Armênia reside no bairro Vitória, em Dois Vizinhos, juntamente com o seu filho Milton, 73 anos. Durane conversa com o repórter Islan Roque, Milton disse que mesmo sem ter forças, a idosa insiste em querer fazer a própria comida e os afazeres da casa. “Ela sempre fez as coisas dela, a comida, sempre limpou o quintal, a casa, estava sempre com uma enxada capinando o mato. Era ela quem fazia tudo, mas hoje não dá mais. As vezes ela ainda quer fazer alguma coisa, mas é perigoso.”

Quando perguntado qual o segredo para se viver tanto, Milton respondeu que o segredo talvez seja a boa alimentação. “Naquela época não existia agrotóxico, os alimentos não tinham veneno, era tudo natural, nem adubo a gente não usava nas plantações. A nossa comida era feita com óleo de algodão e óleo de amendoim.”

Repórter Islan Roque/Portal Educadora