Entre a madrugada de quarta, 15, e quinta-feira, 16, sete animais (entre cães e gatos) foram envenenados em São Jorge D’Oeste. Os casos começaram a aparecer durante a manhã de quarta. “As iscas estão sendo largadas em frente às casas das pessoas, enroladas em um papelete, e constatamos que é carne moída cozida com chumbinho. Esse veneno é muito agressivo e, em poucos minutos, o animal entra em óbito. Estamos reunindo os laudos, os tutores estão fazendo boletins de ocorrência e pretendemos entrar com uma ação no Ministério Público e na Polícia Civil para investigação dos fatos. Até agora, percebemos que os animais que morreram foram envenenados em três ruas paralelas do centro, mas não conseguimos ainda dimensionar”, disse Mariana da Rosa, médica veterinária. Ela relatou que tem, ao menos, outros quatro animais desaparecidos. “São cães e gatos que não estão sendo encontrados. Sabemos que os gatos, quando sentem algo diferente, a natureza dele é de se esconder, então acredito que esse número tende, infelizmente, a aumentar”, completou.

Dos sete animais que morreram por envenenamento, apenas um era considerado de rua. “O restante todos estava com os tutores e tinham, por hábito, acesso a rua em algum momento do dia. As forças de segurança recomendaram fazer o boletim de ocorrência e estamos buscando imagens de câmeras de segurança, testemunhas, informações a respeito desse caso”, completou.

Natalyana Eliza Baseggio Silvestrin Porto, presidente da ONG Focinhos e Patas, pediu para os tutores manter os animais em segurança até que a investigação avance. “Estamos, enquanto ONG, alertando as pessoas, avisando o pessoal que tem ou que cuida de animais na rua, para tomar cuidado, recolher os animais, cuidar na frente das residências se vê algo estranho. A gente está tomando as providências com relação a esses casos. Encaminhamos documentação para as forças policiais que passaram a investigar quem possa ter feito isso para que responder pelos atos. Foram muitos casos, animais estão desaparecidos e a gente está alertando para aumentar os cuidados, principalmente naquela faixa da cidade. Conseguimos achar cinco iscas e  mandamos para fazer laudo, verificar bem certinho e vamos encaminhar também para a delegacia”, completa.

Risco para a população

A Dra. Mariana destaca que o veneno pode matar pessoas também. “Esse veneno estava disponível nas ruas para qualquer ser, inclusive, crianças que, às vezes, por brincadeira, com fome, poderiam comer por ser carne moída cozida Recomentamos a todos que resguardem os animais, fiscalizem os quintais e, sempre que sair, se precisar sair, ter uma vigilância muito grande. No caso de encontrar algum material desconhecido, pode nos procurar que nós recolhermos, como temos outras amostras recolhidas”, conclui.

Fonte: Portal Educadora