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Cauê Basso vai para o terceiro ano de faculdade nos Estados Unidos

Ele escolheu estudar economia.

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  • 15 de Julho de 2024
  • Foto: Arquivo Pessoal

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Desde 2022, estamos acompanhando a história do jovem Cauê Henrique Basso, 19 anos, que no mês de agosto vai iniciar o terceiro ano de formação superior nos Estados Unidos. Ele foi selecionado, com bolsa integral, para a Hillsdale College, universidade instalada na região de Detroit. Neste ano, a novidade é que o jovem decidiu que vai cursar economia. “Meio caminho já foi e, agora, eu decidi o meu curso. Vale explicar que lá você tem um tempo para decidir que caminho vai seguir. Você não entra sabendo seu curso, você faz todas as matérias obrigatórias e, agora, eu optei em seguir fazendo economia”, disse Cauê Henrique Basso, em entrevista para a Rádio Educadora. Por lá, ele já morou no dormitório e em casas de famílias. Agora, vai retornar para o dormitório. “Eu achei importante para ter uma experiência completa numa faculdade americana”, completou. Ele vai presidir o conselho de alunos estrangeiros, sendo responsável por recepcionar os alunos. “São cerca de 50 estrangeiros e a minoria é da América do Sul. Tem muitos chineses, europeus, coreanos e africanos. O pessoal todo é muito amigável, sejam os funcionários, diretores, todo mundo é teu amigo e quer te ajudar”, completa.

Vivendo no primeiro mundo, ele lamentou o fato do Brasil não conseguir despontar. “O Brasil, o cenário político, é uma porcaria desde sempre. A economia não vai bem, não é um país de primeiro mundo, mas eu me sinto triste por isso, espero ver o Brasil tendo o lugar de destaque que merece no cenário internacional. Você vê, por exemplo, o Japão, que é uma ilha, que foi destruída na segunda guerra, tem várias restrições e é maior que o Brasil na economia. Nós, com todos os recursos naturais que temos não conseguimos ir para frente. Eu não me conformo. Reconheço os problemas, mas com a comida, o povo que tem, as belezas naturais, não conseguir estar no topo é triste. É um país incrível e merece estar no topo”, disse.

O que sente falta?

Cauê destacou como a comida brasileira faz falta. “Eles não têm o prazer que nós temos em comer. O que importa é a quantidade de proteína, carboidrato, sem importar o sabor. Não gastam tempo cozinhando, é tudo mais instantâneo. Isso que eu percebo. Não se compara com a culinária no Brasil”.

História

A ideia de buscar a formação fora do Brasil surgiu no final de 2019. “Depois que eu decidi, procurei encontrar um lugar que pudesse aprender o passo a passo, bem certinho, de como eu conseguiria ir para fora. Eu já sabia, desde o início, que eu precisaria de bolsa de estudo, não teria como eu bancar porque o valor é absurdo. A partir de 2020, eu comecei a me preparar, entender o processo, o que eu tinha que fazer, quais documentos eram necessários e, em 2021, comecei a correr atrás dos documentos. Resumidamente, chegou o momento que eu reuni todos os documentos que eu enviei para determinadas faculdades que eu escolhi, que eu queria estudar”, completou.

O processo foi bastante difícil porque Cauê dependia de bolsa integral. “No total, eu enviei cartas para quatro faculdades, tive um não e fui aceito em três universidades. Acontece que duas dessas faculdades, eu recebi uma bolsa, mas não era suficiente. Em uma delas, que inclusive era a que eu mais queria entrar, que eu me identifiquei mais, eu recebi uma bolsa, mas não era suficiente. Era muito boa, mas não suficiente”, lembra. O jovem não desistiu. “Eu acho que foi numa segunda-feira que eu recebi o valor da bolsa e, no dia seguinte, enviei uma carta pedindo, quase implorando, por mais bolsa. Eles responderam falando que já tinham dado o máximo para alunos internacionais naquele período. Passaram dois dias, eu recebi outro e-mail que a assistente do financeiro tinha tido uma reunião com o diretor financeiro e que iriam me dar uma bolsa integral. Muitos podem chamar de sorte, destino, mas eu chamo de providência de Deus. Eu até já tinha pedido para ver se não poderia fazer a prova padronizada novamente para aumentar a bolsa”, celebra.

Fonte: Portal Educadora