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Após ação rápida da PM, equipe Médica da UPA de Dois Vizinhos salva criança engasgada

Após ação rápida de Policiais Militares, equipe Médica da UPA de Dois Vizinhos salva criança engasgada

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  • 17 de Julho de 2024
  • Repórter Islan Roque

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Na manhã desta terça-feira, 16 de julho, por volta de 11h20min, a equipe RPA da Polícia Militar de Dois Vizinhos, composta pelo Sgt. Mizerski e o Sd. Giordano, estava em patrulhamento pelo bairro Nossa Senhora de Lourdes, quando na altura da rua Firmo Hablich, os militares foram abordados por ocupantes de um veículo que pediam por ajuda. Eles relataram que no carro havia uma bebezinha de nove meses, engasgada e sem respirar. Já com a criança na viatura, os policiais seguiram sentido a UPA e durante o trajeto iniciaram a manobra de Heimlich (tração abdominal), procedimento rápido de primeiros socorros para desobstrução das vias respiratórias. No entanto a criança continuou sem respirar.

Chegando na Unidade de Pronto Atendimento, os militares Sgt. Mizerski e o Sd. Giordano entregaram a criança para a equipe de plantão, composta pelos Médicos Dr. Jonata Tiago Lima, Dr. Tyago Ortolan Arantes e Dra. Kamila Pleutim, as Enfermeiras Amanda Rosa e Andressa Lazzarotto, além de toda equipe de Técnicos de Enfermagem. De acordo com Amanda Rosa, Coordenadora de Enfermagem da UPA, assim que os policiais chegaram, a equipe médica agiu rapidamente, de forma muito precisa, coordenada e eficaz para salvar a criança. “Os Médicos, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem agiram rapidamente com muito profissionalismo. Todo esse trabalho, alinhado com a ação rápida dos policiais, pode possibilitar a criança a respirar novamente e voltar a vida.”

Segundo a Dra. Kamila Pleutim, a criança estava engasgada com uma bala de jujuba e só foi possível reanima-la após aproximadamente 20 minutos, quando já estavam na quinta tentativa com uso do desfibrilador. “É uma situação muito complexa e delicada, mesmo com a rapidez da equipe policial, quando a criança chegou na UPA já estava a mais ou menos uns 5 minutos sem respirar. Primeiro, retiramos a bala que estava presa a garganta da criança para desobstruir as vias aérea, depois iniciamos os trabalhos para reanima-la. Somente depois da quinta tentativa com o uso do aparelho desfibrilador que ela voltou a vida. Com a criança já respirando, nós a entubamos e a encaminhamos com urgência para a UTI Pediátrica do Hospital Regional em Francisco Beltrão, onde permanece recebendo os devidos cuidados. Todo o processo desde que ela chegou aqui na UPA, demorou aproximadamente 20 minutos.”

A Dra. Kamila, frisa a importância dos pais em estarem monitorando de perto as crianças, principalmente quando são menores de quatro anos. E nunca deixar que brinquem com objetos pequenos ou ingira esse tipo de alimento. “Crianças menos, de quatro, três anos não devem estar brincando com esses brinquedos que são pequenos, alimentos, ingerir balas, chicletes, doces que sejam de um tamanho maior. Pensa, é uma criança, tudo ali na parte anatômica da gargantinha dela é muito pequeno. Então a chance de ocorrer um engasgo é grande e é uma preocupação pra gente aqui. Então a gente pede que a população tenha mais consciência e que cuide para que esse tipo de acidente não aconteça.”

De acordo com o Dr. Tyago Ortolan, depois de três a quatro minutos sem oxigênio no cérebro, uma pessoa normal já pode sofrer consequência, em alguns casos, sequelas irreparáveis. “Uma das principais lesões ao ficar tanto tempo sem respirar é no cérebro, gerando uma hipóxia, que é a falta de oxigenação no cérebro, podendo ocasionar em problemas gravíssimos, como por exemplo deficiência física, intelectual e até mesmo levar a pessoa a ficar em um estado vegetativo.” Para o Dr. Tyago, todos os pais, principalmente que tem crianças, deveriam aprender técnicas de primeiros socorros. Ele ainda ressalta que a melhor opção quando ocorre esses acidentes, é ligar para o Samu e pedir auxílio por telefone. “Hoje em dia todo mundo tem um celular, então vamos usá-lo da forma correta. Quando acontece esse tipo de situação, o ideal é ligar imediatamente para o Samu – 192, por telefone o Médico vai orientar sobre o que deve ser feito, mas pra isso os pais também tem que tomar mais conhecimento sobre essas manobras de primeiros socorros. Ainda mais quando tem crianças pequenas.”

Repórter Islan Roque/Portal Educadora