Grande parte das lavouras na microrregião de Pato Branco está na fase de floração ou desenvolvimento, e por isso precisaria de muita chuva.
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O sofrimento dos agricultores por causa da escassez de chuva ainda não terminou, só que agora em vez da torcida pela soja e o milho, entra em cena o feijão safrinha. Grande parte das lavouras na microrregião de Pato Branco está na fase de floração ou desenvolvimento, e por isso precisaria de muita chuva.As chuvas da semana passaram trouxeram um alívio para muitas lavouras, mas como de costume não foi uniforme, distribuindo ao máximo 30 milímetros e no mínimo 5 milímetros. Situação ainda pior para a maioria das lavouras na microrregião de Francisco Beltrão, que ganhou menos água ainda.Para engenheiros agrônomos, técnicos e produtores, a chuva pode ter sido fundamental para salvar a safrinha, desde que volte a chover nos próximos dias. Se isso ocorrer, e não se formar geada até final de abril, os produtores tendem a tirar a quebra sofrida com a safra de verão no milho e na soja, já que os preços de hoje do feijão carioca batem a casa de R$ 160,00 a saca. Se a produtividade média for de 70 sacas por alqueire o produtor poderá obter um lucro superior a R$ 9 mil por alqueire.De acordo com dados do Deral em Pato Branco, a área de cultivo de feijão safrinha deve ser superior a 35 mil hectares, praticamente 3,500 hectares a mais que a safra passada. Um aumento de 18% que pode representar, no final da safra, uma adicional de pelo menos 13 mil toneladas do alimento. Cerca de 75% do feijão safrinha é de cor, e outros 25% de preto. Em boa parte a diferença se justifica pelo preço. Enquanto o feijão preto está sendo comercializado a R$ 70,00 a saca, em media, o carioca bate a casa dos R$ 160,00.