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Policial Penal gestor da cadeia pública de Dois Vizinhos é alvo do Gaeco

Policial Penal gestor da cadeia pública de Dois Vizinhos é alvo do Gaeco

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  • 25 de Julho de 2024
  • Repórter Islan Roque

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O Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Núcleo de Francisco Beltrão, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 25 de julho, a Operação Acrasia, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em desfavor de um Policial Penal, gestor da cadeia pública de Dois Vizinhos.

De acordo com o Promotor do Gaeco, Tiago Vacari, a investigação tive início ainda neste mês e o Policial Penal é acusado pelos crimes de peculato, coação, assédio sexual e estupro em desfavor de uma presa. Os mandados foram cumpridos na residência do investigado e nas dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos.

“A investigação teve início nesse mês, quando uma denúncia anônima foi encaminhada ao Gaeco informando que o policial penal gestor da Cadeia Pública de Dois Vizinhos estaria praticando os crimes de peculato (utilizando-se do trabalho de presos da unidade para benefício pessoal em sua residência) e de assédio sexual a detentas. As apurações comprovaram não apenas o assédio sexual, mas também a prática reiterada do crime de estupro, tendo como vítima uma das presas que fazia o serviço interno na cozinha do estabelecimento prisional.”

Segundo o Delegado do Gaeco, Nilmar Manfrin da Silva, mesmo desconfiado que estaria sendo investigado, o Policial Penal vinha se aproveitando do cargo para ameaçar e coagir as vítimas e outras pessoas envolvidas na situação. Foi feito o pedido pela prisão preventiva do investigado, porém o Juízo entendeu que apenas o afastamento das funções seria suficiente.

“As apurações do Gaeco comprovaram que o servidor público vinha se aproveitando do cargo para praticar ameaças e coação no curso do processo – razão pela qual solicitamos a expedição dos mandados de busca e apreensão. Também pedimos pelo mandado de prisão preventiva, mas o Juízo determinou que o policial seja afastado das funções por 180 dias, com a apreensão de todas as armas de fogo que estiverem em sua posse, pessoais ou funcionais, suspendendo seu porte. A decisão proibiu ainda o investigado de acessar as dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, bem como de manter contato com qualquer detento ou detenta da unidade prisional.” Destaca, o Delegado.

Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que serão analisados para apuração dos crimes de assédio sexual, ameaça, coação no curso do processo, peculato e estupro.

Repórter Islan Roque/Portal Educadora